Sensacional o último ensaio da prova de disco com que terminou a Taça da Europa de Lançamentos, em Split (Croácia). A alemã Shanice Craft seguia na frente, com 62,05 conseguidos no 2º ensaio, enquanto Liliana Cá era segunda com 61,84 e Irina Rodrigues terceira com 60,35. Até que, no derradeiro ensaio, Liliana Cá, que partira como favorita face aos 66,40 que já conseguira esta época, chegou a 62,80. A alemã Craft fez nulo e Irina Rodrigues, logo a seguir, chegou a… 62,79, a um centímetro da vitória mas garantindo o 2º lugar, naquela que foi a sua oitava medalha na competição: foi 3ª sub’23 em 2009; 2ª sub’23 em 2010, 2012 e 2013; 3ª sénior em 2015, 2ª em 2018, 3ª em 2019 e novamente 2ª em 2021. Só lhe falta ganhar. Foi 4ª sub’23 em 2011 e 6ª sénior em 2014, só falhando a presença em 2016 e 2017. Quanto a Liliana Cá, fora 3ª sub’23 em 2007 e chegou à vitória… 14 anos depois!
Algo inesperado (mas não menos meritório) foi o terceiro lugar de Rúben Antunes no martelo sub’23, prova na qual melhorou o recorde pessoal de 70,84 para 71,05 (no 4º ensaio) e em mais três lançamentos (!) passou os 70 metros: 70,66 (2º), 70,35 (3º) e 70,03 (5º). O grego Christos Frantzeskakis foi folgado vencedor (75,10) mas Rúben Antunes ficou apenas a 24 cm do (ainda júnior) polaco Dawid Pilat, segundo classificado.
Portugal tem este ano, três martelistas a mais de 70 metros. Na lista dos melhores de sempre, depois de Vítor Costa (76,86 em 2004) e de Dário Manso (74,98 em 2007), aparecem António Vital Silva (74,16), Décio Andrade (71,82) e Rúben Antunes (71,05), todos os três com recordes pessoais esta época. Este último é já o segundo sub’23 de sempre, apenas a pouco mais de um metro do recorde nacional de Vítor Costa (72,32).
Ainda entre os sub’23, destaque para Débora Quaresma, 9ª no peso com 14,32, a escassos dois centímetros do seu recorde pessoal. Francisco Belo, nas últimas épocas quase exclusivamente dedicado ao peso, voltou ao disco para ser 21º com 55,84, longe do que valia.
Nesta segunda jornada, foi também no dardo que se conseguiu a melhor marca, com a polaca Maria Andrejcczyk a abrir o concurso com 71,40, recorde da competição.
A Polónia, com três medalhas de ouro e duas de prata, lidera o “medalheiro”, seguida da Turquia (três de ouro e duas de bronze) e da Bielorrússia, que somou sete medalhas (2+2+3). Portugal é o 5º, com uma medalha de ouro, duas de prata e uma de bronze. Muito bom!
Eis os vencedores e as classificações e marcas dos portugueses:
Masculinos: | ||||||
Disco | Janos Huszak | HUN | 65.35 | 21º | Francisco Belo | 55,84 |
Femininos: | ||||||
Disco | Liliana Cá | POR | 62,8 | 2ª | Irina Rodrigues | 62,79 |
Martelo | Malwina Kopron | POL | 72,82 | |||
Dardo | Maria Andrejczyk | POL | 71,4 | |||
Sub’23 (M): | ||||||
Peso | Dzmitry Karpuk | BLR | 19,99 | |||
Martelo | Christos Frantzeskakis | GRE | 75,1 | 3º | Rúben Antunes | 71,05 |
Sub’23 (F): | ||||||
Peso | Pinar Akyol | TUR | 17,65 | 9ª | Débora Quaresma | 14,32 |
Dardo | Adriana Vilagos | SER | 60,22 |
Parabéns pela incrível prestação da seleção nacional nesta Taça Europeia de Lançamentos.
Foi pena não ter ido a Claudia Ferreira (dardo) e a Vania Silva (martelo), pois com as prestações da Liliana e da Irina, Portugal teria ficado em Primeiro lugar no “TEAM STANDINGS”, pois a Polonia ganhou com 4549 pontos e Portugal só com as 4 atletas que foram fizeram +4230 pontos pelo que as prestações delas nos grupos B daria pontos para fazer mais de 4550 pontos.
É o que faz se pensar pequeno!