Como é sabido, Caster Semenya não pode competir em provas com distâncias entre os 400 m e a milha, devido aos elevados níveis de testosterona. Mas ela pretende estar presente nos JO de Tóquio, tendo apostado nos 5.000 metros. Ela venceu recentemente o Campeonato da África do Sul mas bem longe dos mínimos olímpicos.
O recente cancelamento do Campeonato Africano de Atletismo em Lagos, no final deste mês, devido à pandemia, vem dificultar ainda mais a possibilidade de Semenya obter os tão desejados mínimos.
A Confederação Africana de Atletismo afirmou esta terça-feira: “É com grande pesar que anunciamos o cancelamento do Campeonato Africano de Seniores que estava marcado em Lagos de 23 a 27 de Junho”.
Embora não haja outros planos para meetings no seu continente para permitir aos atletas obterem os mínimos de qualificação exigidos para Tóquio, os atletas sul-africanos ainda têm uma série de oportunidades para se classificar antes da data limite de 29 de Junho.
James Moloi, presidente da Federação Sul-Africana de Atletismo disse: “A maior parte da África e, na verdade, a maior parte do mundo, ainda está refém da pandemia. É uma pena, portanto, que os nossos atletas não beneficiem da grande competição que os Campeões Africanos oferecem e dificilmente haverá outra oportunidade de sediar o evento continental antes dos Jogos Olímpicos”.
“No entanto, este não é um caminho totalmente perdido para os nossos atletas que ainda procuram competir para se qualificarem para os Jogos, visto que existem várias competições disponíveis no nosso calendário nacional.”
Ele acrescentou sobre as provas de Semenya: “KZN Athletics, por exemplo, incluirá as provas de 5000 m em 18 de Junho.”
As restrições de viagens dificultam a ida dos atletas africanos a meetings na Europa ou nos Estados Unidos, deixando muitos deles com poucas opções nas próximas três semanas.