Benfica, no setor masculino, e Sporting, no feminino, dominaram com larga vantagem o Nacional da I Divisão, realizado em Guimarães, sagrando-se campeões, um e outro, pela 11ª vez consecutiva. Mas vejamos os pontos mais importante de cada uma das 16 equipas em ação.
MASCULINOS:
1º SL Benfica, 163: Ganhou, como era dado como certo, e só faltou um ponto para igualar o máximo de pontuação, bastando para tal a presença de Pedro Pichardo (que é feito dele?). Ganhou 17 das 21 provas, entre as quais, cinco das seis dadas como de desfecho duvidoso (200 m, 3000 m, 5000 m, vara e martelo – só faltou o disco). Só desceu abaixo do 2º lugar na marcha, com Pedro Isidro (3ª) a fazer a primeira prova da época devido a problemas físicos.
2º Sporting CP, 144: Dentro do esperado, com apenas quatro vitórias (100 m, triplo, disco e marcha) e descendo noutras quatro abaixo do 2º lugar (entre 3º e 5º).
3º SC Braga, 87: Fechou o pódio pelo 4º ano consecutivo, embora desta vez com uma pontuação inferior (2020 não conta, pois só houve 18 provas), para o que terá contribuído a falta de velocistas (últimos lugares nos 100, 200 e 4×100 m). Foi terceiro em nove provas.
4º J. Vidigalense, 84: Foi quarto pelo 4º ano consecutivo, desta vez apenas a três pontos do pódio. Tem uma equipa equilibrada, com um 2º lugar (Bernardo Pereira nos 400 m), três 7ºs e o resto entre os 3º e 6º.
5º C Benf. Faro, 78: A melhor classificação de sempre, depois do 7º lugar de 2020, em estreia na I Divisão. E ficou apenas a 9 pontos do pódio, podendo queixar-se dos zero pontos nos 110 m barreiras (queda).
6º GD Estreito, 72 pontos: Regressou à I Divisão, tendo como ponto forte o decatlonista Abdel Larrinaga, 2º nos 110 m barreiras e 4º na altura.
7º Maia AC, 67 pontos: Regresso à I Divisão, onde esteve entre 2002 e 2004, tendo como melhor classificação o 3º lugar de Diogo Guerra nos 110 m barreiras.
8º AC P. Varzim, 59: Estreia na I Divisão, mas sem evitar o último lugar. Destacou-se, com 2ºs lugares, no comprimento (Bruno Costa) e na marcha (Manuel Marques).
FEMININOS:
1º Sporting CP, 156: Campeão com uma vantagem recorde de 57 pontos sobre o segundo, mesmo poupando algumas das melhores atletas, em algumas provas. Ganhou 14 das 21 provas e só no triplo (sem Patrícia Mamona nem Evelise Veiga) baixou do 3º lugar (4º).
2º SL Benfica, 99: Manteve o 2º lugar mas com quatro equipas a 10 pontos ou menos. A júnior Camila Gomes ganhou os 800 m mas em oito das provas, a equipa ficou entre os 5º e 8º lugares. Ponto muito positivo: nas 19 provas individuais, apresentou 5 sub’23, 4 juniores e 4 juvenis (apenas 6 seniores).
3º Jardim da Serra, 95: A melhor classificação de sempre, depois de um 4º lugar e três 5ºs nos últimos quatro anos. E a desclassificação nos 4×100 m pode ter impedido melhor. Destaque para Joana Soares, folgada vencedora dos 3000 planos e com obstáculos, e para Catarina Queirós, segunda nos 100 m barreiras e triplo.
4º SC Braga, 94: À beira do pódio (desta vez a um ponto) pelo 4º ano consecutivo. Vitória Oliveira ganhou na marcha e conseguiu três segundos lugares (Mariana Machado nos 800 e 1500 m e Marlene Araújo no dardo). Mas os últimos lugares na altura e vara…
5º J. Vidigalense, 93,5: Repetiu o 5º lugar do ano passado, mas a escassos 5,5 pontos do pódio. Destaque para os segundos lugares de Márcia Maketa no martelo e da equipa de 4×400 m.
6º GA Fátima, 89: Boa estreia na I Divisão, a 10 pontos do pódio e com uma vitória (Ana Oliveira no triplo) e nada menos de seis segundos lugares. Mas a equipa é muito pouco coesa e somou sete posições nos dois últimos lugares.
7º GD Estreito, 84: Pelo 9º ano na I Divisão, com um 8º posto a abrir e depois sempre os 5º e 7º lugares, a equipa teve como pontos altos, os terceiros lugares de Patrícia Silva (1500 m), Lucinda Gomes (triplo) e Ângela Silva (martelo).
8º ADR Água de Pena, 43,5: A terceira equipa madeirense foi claramente última, só na marcha se salientando, através da júnior Adriana Viveiros, 2ª classificada.
(Amanhã: balanço das II e III Divisões)
Por piada que tenha para os adeptos dos clubes, penso estar na hora de refazer esta prova, até porque a Taça dos Campeões parece que se finou.
O calendário é péssimo, a poucas semanas de uns JO não será de arriscar uma prova “a sério”. Depois, quantos emblemas conseguem realmente apresentar um plantel completo? Ora vão não especialistas, ora super-veteranos “desenrascar”, alguns concursos tiveram marcas abaixo de quaisquer mínimos. Acompanhei ao máximo os dois dias, mas convenhamos que é precisa muita carolice para ver saltos com vara de 3 metros.
Se calhar um modelo novo, ou então acabar mesmo com a prova por equipas.
Concordo.
Era preferível fazer uma 1ª divisão com 4 clubes apresentarem 2 atletas por provas e, as restantes divisões, a manterem este mesmo formato.
Ou então manter os 8 clubes mas colocar mínimos de participação em cada prova.
Por exemplo na Vara só podia competir quem fizesse o mínimo que podia ser de 4,50 metros.
No comprimento os 6,50/70
No Triplo os 15,50
No Peso os 15,75
etc.
Acabar com esta prova é impensável, mas tem que ser revista.
Sou mais a favor de um campeonato de clubes por temporada onde iria existir uma fase “indoor” e outra “outdoor”. Com 5 provas semanais de disciplinas por sorteio.
Para não ser de curta duração, podem ser acrescentadas provas extras.
A liga principal só com 4 equipas e 2 atletas por clube e incluir provas mistas para todas as disciplinas. Por exemplo a soma dos resultados em provas como comprimento ou peso.
A última classificada é despromovida e sobe a primeira da segunda liga que funcionaria nos moldes atuais mas com 12 clubes e acabaria uma terceira divisão.
A pontuação da segunda liga era o total do campeonato “indoor” e “outdoor”.
E acabaria um vencedor masculino e feminino!
E também se poderia fazer uma festa do atletismo com uma prova anual de conceito associativo, onde os clubes ficam de fora e os atletas representam o distrito onde nasceram, os atletas que nasceram no estrangeiro eram sorteados para representarem uma associação.
A festa do Atletismo na minha opinião seriam os Campeonatos de Portugal, só que grande parte dos melhores valores do Atletismo Português continuam a ignorar.
Talvez aqui a culpa seja da Federação que ainda não arranjou o antidoto correcto que obrigue os atletas a estarem presentes.