O Nacional da II Divisão marcou o regresso de dois clubes “históricos”: o JOMA, campeão feminino, esteve no pódio da I Divisão entre 1999 e 2011 e, embora com uma equipa ainda desequilibrada (8 vitórias mas 4 últimos lugares), promete regressar à I Divisão na próxima época; o Belenenses, que esteve na I Divisão até 1999 e “desapareceu” depois, esteve na III Divisão em 2020 e na II agora, embora ainda “apenas” 6º na competição masculina e com uma equipa sem varista nem marchador….
Para além do JOMA no setor feminino, realce para o CA Seia no masculino, que ganhou com larga vantagem (24 pontos), com seis vitórias, uma das quais pelo marchador Rui Coelho, que seria 2º na I Divisão. Destaque ainda para Ericsson Tavares, 2º nos 200 e 400 m mas perto de Mauro Pereira, o melhor atleta dos campeonatos. Depois de sete presenças na I Divisão, o CA Seia ganhou pela segunda vez consecutiva o título da II. Ainda no setor masculino, realce para o Grecas, 2º classificado pela quarta vez nos últimos 10 anos.
Em termos individuais, e para além dos já citados Mauro Pereira, do CPT Sobral de Ceira, cujos tempos lhe dariam a vitória nos 400 m e o 2º lugar nos 200 m da I Divisão, e Ericsson Tavares, do CA Seia, que seria 2º nos 400 m, destaque ainda para Rogério Amaral, também do CPT Sobral de Ceira, vencedor dos 1500 e 3000 m (na primeira com melhor tempo que o vencedor da corrida tática da I Divisão) e, no setor feminino, para a veterana Clarisse Cruz, vencedora destacada dos 3000 m e 3000 m obstáculos, Francisca Cantante (Grecas) e Carla Mendes (JOMA), com melhores tempos nos 800 m e 1500 m que as vencedoras das corridas táticas da I Divisão.
III Divisão: Gira Sol (masc.) e Srª Desterro (fem.) preparam regresso?
Os campeões da III Divisão já têm um agradável historial nos Nacionais de Clubes antes de “caírem” na III Divisão. O Gira Sol, difícil campeão masculino (tudo decidido por um só ponto nos 4×400 m finais), esteve na I Divisão entre 2007 e 2015 e na II de 2016 a 2019. O Srª Desterro, bem folgado campeão feminino (27,5 pontos de vantagem e 1º ou 2º em 12 das 21 provas), fora campeão da II Divisão em 2018 e 2019.
A formação açoriana da Juventude Ilha Verde, derrotada por um só ponto na competição masculina, foi 2ª pela terceira vez nos últimos quatro anos (2018, 2019 e 2021), depois de ter sido campeã em 2016 e 2017.
O UFC Tomar, 2º na prova feminina e 3º na masculina, teve a primeira presença masculina desde 1994 e a segunda feminina de sempre (foi também 2ª em 2020). E saúde-se a estreia do Areias de S. João e do Leixões SC em fases finais de campeonatos de clubes, embora ambas com várias falhas nas equipas.
Individualmente, destaque para o velocista Wilson Pedro, para os lançadores Remi Lima (peso e disco) e Ruben Ventura (dardo), para a quatrocentista Bárbara Medeiros e para a veterana (quase 50 anos) marchadora Alexandra Lamas, ainda vencedora.