A marchadora Lupita Gonzalez, medalha de prata nos 20 km marcha dos JO do Rio de Janeiro e Mundial de 2017, tinha sido apanhada num controlo antidoping em 2018 e suspensa por quatro anos até Novembro de 2022. Foi-lhe então detetado o consumo de trembolona, um esteroide usado para aumentar a massa muscular e queimar gordura.
Agora, ela apanhou uma nova suspensão de quatro anos que se vai prolongar até 15 de Novembro de 2026.
De acordo com os dados fornecidos pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU), esta nova suspensão deve-se ao facto de ter sido demonstrado que a sua defesa incluía documentos falsificados e relatos contraditórios.
Lupita Gonzalez, de 32 anos, tinha recorrido ao Tribunal de Arbitragem do Desporto (TAS) mas a sua tentativa de revogar ou pelo menos em reduzir a sua suspensão para poder estar nos JO de Tóquio, saiu-lhe muito cara.
A AIU constatou que os recibos de um restaurante onde a marchadora alegou ter comido carne contaminada, foram falsificados porque o restaurante tinha encerrado vários anos antes das datas impressas. Ela falsificou ainda um relatório hospitalar que dizia que ela tinha anemia devido a deficiência de ferro.
Para agravar a situação, a mexicana foi submetida a um polígrafo e admitiu que forneceu recibos falsos do restaurante, que pediu a um amigo que prestasse um testemunho falso e que apresentou evidências médicas falsas.
A atleta desculpou-se garantindo que os seus advogados eram os responsáveis pela apresentação de provas falsas, mas o juiz que analisou o caso considerou que esses argumentos “não eram convincentes” e concordou que as ações de Lupita González constituíam uma clara tentativa de manipulação.