Usain Bolt analisou a sua situação pessoal numa entrevista à BBC, onde falou sobre o seu possível regresso à modalidade ao atletismo, considerando que “já é tarde”. Aos 35 anos, ele considera que, se tivesse regressado, teria sido nos JO de Tóquio.
Ele também foi questionado sobre outra das suas paixões, o Manchester United, e o regresso de Cristiano Ronaldo. “Está a outro nível, é uma máquina. Exige muito, então vai exigir muito desses jogadores e isso só vai melhorá-los”, alertou. “Acho que o Cristiano jogará até aos 42 anos porque estará sempre em forma e a um nível superior para muitos dos jogadores mais jovens, devido ao trabalho que faz e à dedicação que tem”, disse o jamaicano.
Bolt, retirado desde 2017, analisou assim o seu possível regresso: “Já é demasiado tarde. Se eu tivesse ido, teria sido para estes Jogos Olímpicos, mas quando disse ao meu treinador (Glenn Mills) que ia retirar-me, sentei-me e disse: ‘Quando te retirares, é tudo. Eu não farei nenhuma viagem de volta, nada. Portanto, certifica-te de que estás pronto para te retirares'”, comentou Bolt numa entrevista à BBC, publicada nesta quinta-feira.
Em 2019, Bolt foi ter com o seu treinador e sugeriu regressar à competição. “Eu disse: ‘Que tal voltar para os Jogos Olímpicos?’ E ele olhou para mim e disse: ‘Nem comeces’. Então, se ele não for o meu treinador, eu não vou, porque eu acredito nele e se ele fala não, é isso não, mas acho que tinha esse desejo”, referiu.
Por outro lado, o ex-atleta considerou que a atual rivalidade entre as suas compatriotas Shelly-Ann Fraser-Pryce e Elaine Thompson-Herah poderá levar uma delas a bater os recordes mundiais dos 100 e 200 m, na posse da norte-americana Florence Griffith Joyner desde 1988.
“Quando as vi dar um passo à frente e correr muito rápido, pensei que poderia acontecer. A técnica de Elaine melhorou e também Shelly-Ann. Ela corre muito mais na vertical e a sua fluidez parece muito melhor, então acho que elas vão estar a bater à porta (dos recordes) e se conseguirem batê-los, seria muito bom para a modalidade”, acrescentou.