A 38ª edição da Maratona da Cidade de Viena disputada no passado domingo foi muito falada devido ao facto de Derara Hurisa ter sido declassificado depois de ter cortado a meta em primeiro lugar. Como se sabe ele correu com sapatos ilegaius face às regras em vigor da World Athletics.
Mas merece a pensa conhecer a história da vencedora, a queniana Vibian Chepkirui, com 2h24m29s. A queniana de 27 anos estava longe de ser uma das grandes favoritas quando chegou a Viena. Ela nunca havia corrido antes uma maratona e nos últimos doze meses, Vibian Chepkirui só conseguiu participar numa prova internacional, devido à pandemia. Foi uma prova de 10.000 m em Estocolmo, onde ela terminou em oitavo com uma melhor marca pessoal de 31.09,42.
“Foi um momento difícil por causa do Corona. Tentei classificar-me para os Jogos Olímpicos, mas não consegui. Depois disso, decidi concentrar-me numa maratona”, disse Vibian Chepkirui, que tem um recorde pessoal de 69m09s à meia maratona.
Ela teve de enfrentar um grande obstáculo quando se dirigia para Viena. Voando de Nairobi via Doha, Vibian Chepkirui e um grupo de outros atletas quenianos – entre eles, o vencedor de Viena, Leonard Langat – eles perderam o vôo de ligação. O avião do Quénia estava atrasado. “Eles ficaram presos em Doha e a companhia aérea não quis saber. Então, eles tiveram que dormir no chão (na noite de quinta-feira)”, explicou o técnico do Vibian Chepkirui, Julien di Maria. “Obviamente, isso não é o ideal dois dias antes de uma maratona.”
No final da maratona, a atleta queniana disse: “Fiquei surpreeendida com a vitória, mas comecei a acreditar a meio do percurso. Claro que esta é a maior vitória da minha carreira.” Curiosamente, o seu marido Wesley Kangogo foi a sua “lebre”.