A Agência Mundial Antidopagem revogou a licença do laboratório de Moscovo para testar amostras, numa nova reviravolta na longa saga russa de doping, disse a WADA.
O Comité Executivo da WADA votou para retirar as instalações de Moscovo do seu estatuto de aprovado, citando “a manipulação de dados do pessoal do laboratório” que foi extraído do laboratório em 2019. Na época, os dados estavam localizados em servidores e equipamentos do laboratório que foram selados pela aplicação da lei russa.
A WADA queria usar os dados para processar casos que foram encobertos no passado, mas disse mais tarde naquele ano, que as entradas de muitos casos foram adulteradas e mensagens falsas foram adicionadas para implicar as testemunhas. As autoridades russas negaram que os dados armazenados no laboratório tenham sido deliberadamente alterados.
O laboratório já estava suspenso desde 2020 e não podia aceitar novas amostras, mas o processo de revogação total do estatuto foi suspenso em audiências no Tribunal Arbitral do Desporto no ano passado.
O laboratório foi impedido de realizar a maioria dos testes antidoping em 2015, quando foram suspeitados os primeiros encobrimentos, mas foi autorizado a retomar alguns testes de sangue em Maio de 2016. Aceitou amostras de várias modalidades incluindo ténis, natação e atletismo, e foi transferido pelo governo para o controle da Universidade Pública de Moscovo.
As amostras de sangue deterioram-se mais rapidamente do que as amostras de urina usadas para a maioria dos trabalhos antidoping, pelo que precisam de chegar rapidamente a um laboratório. Se não houver um laboratório local, tal torna normalmente todo o processo de análise de sangue mais caro e demorado.