A estafeta francesa masculina dos 4×400 m que correu a final do Mundial de 2017 em Londres, foi desclassificada devido a um teste positivo de salbutamol de Teddy Atine-Venel.
Segundo divulgou a Agência Francesa Antidoping (AFLD), o atleta acusou a substância numa amostra colhida em 16 de Julho de 2017, quando ele se sagrou campeão nacional dos 400 metros.
Membro regular da estafeta, Atine-Venel liderou a seleção nacional na final do Campeonato Mundial, com Ludvy Vaillant, Thomas Jordier e Mamoudou Hanne.
Teddy Atine-Venel, hoje com 36 anos, tinha sido ilibado na primeira vez, em Fevereiro de 2018, pela Federação Francesa (FFA), que na época julgava os processos em primeira instância. A AFLD assumiu então o processo e a sua Comissão de Sanções decidiu em Setembro passado suspender Teddy Atine-Venel com efeitos retroativos e cancelar todos os seus resultados entre 16 de Julho de 2017 e 16 de Junho de 2018 (a suspensão foi reduzida em cinco meses a partir de Janeiro de 2018).
“ Fiquei bastante chocado com todo esse procedimento nos últimos quatro anos. Sempre fui transparente”, explicou Atine-Venel, garantindo que tudo fez para “ provar a (sua) inocência” . Ele citou sofrer de asma como a razão para o seu controle positivo com salbutamol.
O componente antiasmático do ventolina, o salbutamol, com efeitos estimulantes e anabólicos, é autorizado por inalação até determinada dose.
“ A presença de salbutamol na urina numa concentração superior a 1000 ng/mL não é consistente com o uso terapêutico e será considerada um achado analítico anormal”, escreveu a AFLD no seu site. O teste de Teddy Atine-Venel revelou uma concentração de 1400 ng/mL.