O status da Agência Antidopagem Russa (RUSADA) continua a ser “uma questão de preocupação”, de acordo com Rune Andersen, presidente da Task-Force encarregada de supervisionar o regresso da Federação Russa de Atletismo (RusAF) à World Athletics, após a suspensão imposta em Novembro 2015.
Andersen disse: “Em Dezembro de 2020, o TAS (Tribunal de Arbitragem do Desporto) declarou a RUSADA não conforme com o Código Mundial Antidopagem e impôs uma série de consequências e condições de reintegração que devem ser cumpridas para que a RUSADA possa ser reintegrada em Dezembro de 2022.
“Não está claro, no entanto, se essas condições de reintegração estão a ser atendidas ou se a RUSADA é capaz de desempenhar com eficácia o seu papel como a NADO (Organização Nacional Antidopagem) russa independente.
“Nesse ínterim, para tentar ajudar a preencher a lacuna, a RusAF concordou com a Unidade de Integridade do Atletismo a condução de testes extras aos atletas da RusAF, às custas da RusAF.”
Andersen lembrou aos delegados que a RusAF está obrigada a estabelecer uma cultura de tolerância zero em relação ao doping no atletismo russo, como parte das exigências para o seu regresso às competições internacionais.
Ele acrescentou também que havia uma exigência para a RusAF, RUSADA e as autoridades públicas na Rússia “trabalharem juntas, para ser criada uma infraestrutura antidopagem eficaz que permita a eles e à World Athletics (agora através da Unidade de Integridade do Atletismo) trabalhar de forma eficaz na antidopagem na Rússia e em relação aos atletas russos. “
A recomendação de Andersen de que a suspensão – que se seguiu à descoberta do que ele descreveu como “uma cultura profundamente enraizada de doping no atletismo russos” – deve ser mantida, foi aprovada por uma grande maioria dos delegados do Congresso da World Athletics.
Andersen relatou que a RusAF fez “progresso constante” para cumprir as condições estabelecidas para a sua reintegração como membro da World Athletics e que a Task-Force acredita que essas mudanças “refletem uma nova cultura dentro da RusAF, que procura geralmente rejeitar as práticas de doping do passado e comprometer-se a avançar, competindo de forma limpa.”