O jornal britânico The Mail on Sunday divulgou que Alberto Salazar, ex-técnico de Mo Farah, recebeu um prémio de 125 mil libras (149.650 euros) da Lotaria Nacional britânica, apesar de a Federação Britânica de Atletismo já o ter desmitido como consultor.
Salazar recebeu as 125 mil libras pelo seu papel entre 2012 e 2016 e como um prémio por ter ajudado Farah a conquistar o ouro olímpico. Parte desse valor era dinheiro público na forma de financiamento da Lotaria Nacional.
Salazar recebeu o prémio pelas medalhas de ouro, embora a Federação Britânica tenha desistido do acordo de consultoria com o treinador norte-americano após uma investigação em 2015 da BBC Panorama sobre os seus métodos.
Farah ganhou duas medalhas de ouro nos 5.000 e 10.000 m nos Campeonatos Mundiais em 2013 e 2015 e nos JO do Rio de Janeiro em 2016. Ele também ganhou duas medalhas de ouro nos JO de Londres 2012 quando era treinado por Salazar, embora pareça que este pagamento não se relaciona com este período.
A Federação Britânica, que contratou inicialmente Salazar em 2013, queria que Farah cortasse os laços com o treinador após a investigação da BBC. Os treinadores da Federação, o falecido Neil Black e Barry Fudge, resistiram no entanto, fortemente.
Assim, Farah, ainda teve Salazar como treinador até 2017, o que significa que o treinador ainda se qualificou para os prémios de desempenho. A consultoria de Salazar foi sempre informal, não contratual e ele não foi pago pela Federação. Entre os atletas britânicos, apenas Farah recorreu a Salazar.
O desempenho de classe mundial refere-se ao financiamento da Lotaria Nacional do Desporto do Reino Unido dos principais atletas olímpicos, embora, como fica claro, as regras tenham mudado após 2016 para que o dinheiro da lotaria não fosse utilizado para pagar prémios aos treinadores.