A ultramaratonista Jacky Hunt-Broersma já começou o seu desafio de correr 100 maratonas em 100 dias, para entrar no Guiness como recordista de mais maratonas consecutivas.
Broersma teve a ideia depois de ver Alyssa Clark bater no ano passado o recorde com 95 maratonas em 95 dias. Clark pretendia atingir 100 maratonas mas foi forçada a interromper o seu desafio depois de contrair o COVID-19. “Isso fez-me pensar, talvez isto seja algo que eu possa assumir e seria uma ótima maneira de começar o novo ano e ajudar-me a construir uma ótima base para a corrida Moab 240 em Outubro”, disse Broersma.
Sendo uma ultramaratonista experiente, Broersma sente-se bem preparada para enfrentar este novo desafio. Ela completou uma prova de 100 milhas no início de Janeiro e, embora tenha dito que ainda não havia recuperado totalmente quando começou o seu novo desafio, ela disse que este desafio é mais mental do que físico. Por esse motivo, permanecer positiva em cada uma das suas corridas tem sido a chave mais importante para o seu sucesso até agora.
Segundo Broersma, o seu maior desafio é dormir o suficiente para recuperar. “Estou impressionada com o quanto incríveis são os nossos corpos”, diz ela. “As primeiras cinco maratonas foram difíceis porque o meu corpo estava ajustando-se à distância, mas lentamente, o meu corpo começou a adaptar-se.”
Broersma diz que está a aproveitar cada dia e tentando o seu melhor para ouvir o seu corpo. “Algumas maratonas são mais lentas do que outras e algumas são mais rápidas, depende apenas de como o meu corpo se sente pela manhã”, disse ela.
Correndo por um motivo
Além de tentar bater o recorde mundial do Guinness, Broersma está a aproveitar o seu desafio para arrecadar dinheiro para a Amputee Blade Runners, uma organização que fornece lâminas de corrida para amputados. Ela explicou que as lâminas específicas para a corrida podem custar entre 10.000 e 20.000 dólares, e nos Estados Unidos elas nem sempre são cobertas pelo seguro de saúde, então muitos amputados não têm a oportunidade de correr como ela.
“Quando me tornei amputada, um dos maiores desafios para mim foi aceitar a minha aparência e pode ser uma jornada muito difícil”, disse Broersma. “Correr, mudou tal para mim, deu-me confiança no meu corpo e confiança para ser quem eu sou. Correr faz-me sentir forte, destemida e grata pelo corpo que tenho, mesmo quando parte dele está a faltar. Isto é o que eu quero para todos os amputados.”