A sprinter bielorrussa Krystsina Tsimanouskaya, que desertou nos JO de Tóquio, disse que lutou muito para que os Estados Unidos punissem os responsáveis pela sua saída olímpica antecipada e que espera que os órgãos desportivos internacionais se juntem à punição.
Na semana passada, os Estados Unidos disseram que tinham aprovado restrições de vistos a vários cidadãos bielorrussos, citando o caso de Tsimanouskaya e a repressão contra atletas do país.
“Eles privaram-me do meu direito de participar nos Jogos Olímpicos e acho que deveriam ser impostas sanções contra eles”, disse Tsimanouskaya à Reuters.
“Gostaria também que o Comité Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional (World Athletics) respondessem a este caso e tomassem decisões sobre as pessoas que participaram da tentativa de me tirar de Tóquio”.
Nos JO de Tóquio, Tsimanouskaya recusou-se a embarcar num voo de regresso ao seu país, quando foi retirada dos Jogos contra a sua vontade, depois de ter criticado publicamente os treinadores da seleção nacional.
Ela desertou para a Polónia, dizendo que temia pela sua segurança se voltasse para a Bielorrússia. O presidente Alexander Lukashenko disse que ela foi “manipulada”.
“Nós solidarizamo-nos com a senhora Tsimanouskaya e todos os outros que experimentaram as tentativas do regime de silenciar as críticas”, disse o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, ao anunciar as restrições de vistos.