Em jeito de rescaldo, vejamos o que de melhor e pior teve cada uma das oito equipas que disputaram o Nacional da I Divisão (masculino), em Pombal.
1º SL Benfica (90 p.): Depois da ausência da época passada, regressou aos títulos (9 nos últimos 11 anos) superando o Sporting em 8 das 13 provas e só numa delas (não contando a desclassificação na estafeta) descendo abaixo do 2º lugar (vara). Isaac Nader, com excelentes 1.47,77 nos 800 m e ganhando também uns lentos 1500 m, foi a principal figura da equipa, que confirmou o largo favoritismo que detinha.
2º Sporting CP (78 p.): Dificilmente chegaria ao título e a desclassificação do seu marchador Paulo Martins (que substituiu João Vieira) deitou logo por terra, no final da 1ª jornada, uma réstia de esperança que pudesse haver. Depois, o último lugar nos 800 m deitou tudo a perder, apesar da boa presença de vários atletas, de Carlos Nascimento nos 60 m, João Coelho nos 400 m e Abdel Larrinaga nas barreiras e ainda aos não vencedores Carlos Pitra na vara e Tiago Pereira na altura.
3º SC Braga (61 p.): Fechou o pódio pelo 3º ano consecutivo e pela 5ª vez nos últimos seis anos. O seu atleta Paulo Rosário (3000 m) foi um dos apenas dois vencedores para além dos dois “grandes” e a equipa foi ainda duas vezes segunda, através de Miguel Moreira nos 800 e 1500 m. Pontos fracos (últimos lugares) nos 60 m e triplo.
4º Jardim da Serra (56 p.): A equipa madeirense igualou a melhor classificação de sempre (4º lugar em 2018), sendo 2ª na marcha (Manuel Marques) e seis vezes terceira. Mas foi última no comprimento e peso.
5º J. Vidigalense (53 p.): Depois do 2º lugar (sem Benfica) da última época, igualou nesta, a pior classificação (5º lugar) desde 2010. Teve pontos altos no comprimento (2º André Pimenta) e nos 4×400 m (2º com a desclassificação do Benfica) mas foi última nos 3000 m.
6º AC Póvoa de Varzim (47 p.): Depois do 5º lugar de 2021 (mas sem Benfica) foi agora sexto na estreia na I Divisão (no ano passado o campeonato foi único, com 15 equipas). Destaque para a vitória de Ruben Miranda na vara. A equipa ficou entre os 3º e 6º lugares em nove das 13 provas.
7º Grecas (41 p.): Depois de uma curta (dois anos) passagem pela II Divisão, a equipa foi sucessivamente 7ª-6ª-8ª-7ª na I Divisão, pelo que a classificação deste ano está na média. Conseguiu um 3º lugar nos 1500 m (Tomás Silva) mas como ponto negativo, tem o “zero” na marcha, prova na qual não esteve representado.
8º CA Seia (38 p.): Desde 2007, só uma vez falhou a I Divisão, mas nunca fora último (3º em 2016 como melhor). O 3º lugar nos 800 m (Filipe Rosa) foi a exceção, já que em todas as outras provas ficou na segunda metade da classificação.
II Divisão
Na II Divisão, a equipa masculina da Casa do Benfica de Faro ganhou pela terceira vez nos últimos quatro anos (em 2021 foi 4ª no conjunto), triunfando em quatro provas e nunca descendo do 4º lugar. O Maia AC, que ficou a 12 pontos, foi segundo depois de quatro anos na I Divisão. Só ganhou uma prova (triplo) mas obteve seis segundos lugares. O Água de Pena, segundo há dois anos, foi agora terceiro, mesmo não pontuando nos 60 m (falsa partida) e na vara (três derrubes na altura com que iniciou a prova). Ficou a 10 pontos do Maia AC. Saúde-se o regresso do CF Belenenses (4º), que desde 1999 só uma vez, em 2010, se classificou (5º na I Divisão). O UFC Tomar estreou-se, mas foi último.
Individualmente, destaque para Gonçalo Casimiro, que ganhou os 1500 m em 3.59,23, melhor que o vencedor da I Divisão, Isaac Nader, que liderou a prova em andamento lento. Mais significativas as marcas de Ailton Fernandes, vencedor da altura (2,12), e de Ícaro Miranda, vencedor do salto com vara (5,00), os quais seriam terceiros na I Divisão.
Amanhã: rescaldo do Nacional de Clubes feminino.