Se já sentiu dor ou desconforto no rabo durante uma corrida, pode estar a enfrentar a síndrome do piriforme ou sintomas dela.
Neste artigo, são analisadas algumas das causas da síndrome do piriforme nos corredores. Assim como o tratamento e as formas de evitar que apareça a síndrome do piriforme.
O que é a Síndrome do Piriforme?
A síndrome do piriforme é uma condição que afeta o músculo piriforme. Isso faz com que os músculos se contraiam por vezes. O que faz com que os recetores de dor no nervo ciático causem dor.
Embora não seja tão comum como lesões, caso de canelite ou fascite plantar, ainda é vista amplamente entre os corredores.
Então, o que causa a síndrome do piriforme nos corredores?
O que é o músculo piriforme?
Pode perguntar o que é o músculo piriforme e como isso pode afetar um corredor. O músculo piriforme é um músculo em forma de triângulo localizado na região glútea, atrás do Glúteo Máximo.
O músculo começa na frente do sacro e estende-se depois até ao forame isquiático maior. De seguida, anexa-se ao trocânter maior, localizado na parte superior do fémur.
Para um corredor, o músculo piriforme está no controle de muitas funções-chave. Para o corredor, ajuda a apoiar a pélvis, mantendo-a estabilizada. Também ajuda na rotação externa dos quadris. Portanto, é importante a um corredor manter o seu músculo piriforme forte. Como pode ter um papel enorme em manter os seus quadris nivelados durante a prova.
O que causa a Síndrome do Piriforme?
São várias as causas que podem causar esta lesão. No entanto, as principais causas têm a ver com:
– Glúteos e/ou isquiotibiais fracos
– Fraqueza nos músculos do quadril
– Pronação excessiva
– Técnica deficiente de corrida
– Períodos prolongados na posição de sentado
– Uso excessivo
Como a corrida é um movimento repetitivo e de alto impacto, pode sobrecarregar o músculo piriforme, fazendo com que irrite o músculo e o quebre lentamente. Com o tempo, pode resultar em dor, desconforto e lesões.
Sintomas da Síndrome Piriforme
Como a síndrome do piriforme é difícil de diagnosticar, muitos corredores pensam tratar-se de outra forma de lesão e não são muitas vezes diagnosticadas. No entanto, existem alguns sintomas importantes que devem ser observados. Estes incluem:
– Dor na parte de trás das coxas
– Às vezes, dor nos músculos dos gémeos, que pode estender-se até aos pés
– Amplitude de movimento limitada em todo o quadril
– Sensibilidade nos músculos glúteos (nádegas)
– Dor na passada durante a aterragem e a descolagem
– A dor piora estando sentado e deitado de forma prolongada
Geralmente, a maioria dos corredores sentirá dor ou aperto nos músculos do quadril e em redor deles. Que muitas vezes se estende até ao meio das nádegas.
Como a dor é sentida geralmente na perna, é muitas vezes diagnosticada erroneamente com ciática. Porque a dor desce geralmente pela perna e às vezes, até ao pé.
Como tratar a Síndrome do Piriforme?
Infelizmente, a síndrome do piriforme é uma condição que pode prejudicar o corredor durante semanas e até meses. Muitas vezes, pode impedir que ele corra. E sem descanso adequado, pode prolongar a sua recuperação.
Então, como deve tratar a síndrome do piriforme?
O tratamento requer o gerenciamento correto do músculo piriforme irritado. Geralmente, é feito através do repouso e do uso de medicamentos anti-inflamatórios de venda livre. O gelo também pode ajudar a aliviar a dor e acelerar a cicatrização. Mas, o principal tratamento é o repouso, pois ajudará o músculo a recuperar adequadamente.
No entanto, se o corredor tiver sintomas leves, ainda é possível treinar, desde que sem dor. Mas, certifique-se de ficar longe de sessões intensas e corridas longas, pois tal continuará a agravar o músculo e a atrasar o processo de recuperação.
Se repouso, gelo e medicamentos anti-inflamatórios não ajudarem, procure a orientação médica. O tratamento pode envolver uma injeção de um medicamento no músculo, o que pode ajudar a reduzir a dor e o inchaço.
Em casos muito raros, pode ser necessária a cirurgia. Tal, envolve cortar o músculo e aliviar a pressão e a tensão do músculo. No entanto, este é geralmente, um último recurso.
Como prevenir a Síndrome do Piriforme?
Prevenir-se de overtraining, ou um rápido aumento na quilometragem, pode ajudar a prevenir a lesão. Outras causas devem ser observadas, como sapatos errados e forma errada de correr. Tal, significa que manter baixa a sua quilometragem, escolher os ténis de corrida certos e ficar longe de superfícies duras de corrida, podem ajudar a evitar que o músculo piriforme seja sobrecarregado.
Coisas simples como alongamentos regulares e rolamentos de espuma, podem ajudar a prevenir a irritação do músculo. Isso também fará com que outros músculos relaxem e aliviem a pressão em redor e para este músculo.
O que mais deve saber?
Treino de força e exercícios de corrida podem ajudar a fortalecer os músculos do piriforme. Os exercícios de corrida também são uma ótima maneira de melhorar a forma de corrida e aliviar qualquer excesso de carga no músculo piriforme.
Os exercícios de corrida devem ser realizados várias vezes por semana e seguidos de alguns exercícios de mobilidade e alongamentos. No entanto, se o corredor é novo em exercícios de corrida, deve começar com alguns movimentos básicos para evitar sobrecarregar os músculos que não estava antes a fortalecer.
Deve tentar também ficar longe de superfícies inclinadas, pois isso desempenha um papel importante no desalinhamento pélvico, que pode causar sintomas, não apenas na região do piriforme.
A maioria das pessoas deve ser capaz de voltar a correr em algumas semanas sem muita perda de forma física. No entanto, se tentar superar a lesão, poderá expor-se durante meses. Portanto, pode voltar a correr e manter a sua rotina de alongamento e treino de força, assim que a lesão cicatrizar. A longo prazo, o seu corpo vai agradecer por isso.