Na última quinta-feira, a atleta amputada Jacky Hunt-Broersma atingiu o seu objetivo de correr 102 maratonas em 102 dias, estabelecendo um recorde mundial não oficial feminino.
A atleta não parou no seu recorde, pretendendo encerrar o seu desafio hoje com 104. Falta agora registar o recorde no Guinness World Records, o que pode demorar até um ano.
O Guinness lista o recorde masculino de maratonas diárias consecutivas como 59, estabelecido em 2019 pelo italiano Enzo Caporaso.
“Estou feliz por ter conseguido, não posso acreditar”, disse Hunt-Broersma. “A melhor coisa foi o apoio incrível que recebi de pessoas à volta do mundo que me contataram, dizendo-me como isto as inspirou a esforçarem-se.”
Hunt-Broersma, de 46 anos, começou o seu desafio em 17 de janeiro, cobrindo a clássica distância de maratona num circuito fechado perto da sua casa em Gilbert, Arizona, ou num tapete rolante. A atleta perdeu a perna esquerda abaixo do joelho devido a um cancro raro e usa uma prótese de fibra de carbono.
O seu objetivo original era correr 100 maratonas em 100 dias, batendo o recorde de 95 maratonas estabelecido em 2020 por Alyssa Amos Clark, que assumiu então o desafio como uma estratégia de enfrentamento da pandemia. Mas no início deste mês, depois da corredora britânica Kate Jayden ter batido oficialmente o recorde de Alyssa Clark com 101 maratonas em 101 dias, Hunt-Broersma percebeu que precisaria correr pelo menos 102.
Ao longo do caminho, Hunt-Broersma ganhou um grande número de seguidores nas redes sociais e arrecadou quase 27 mil dólares para ajudar outros corredores amputados a obter as próteses que são caras.
Hunt-Broersma, que correu a sua 92ª na Maratona de Boston deste mês, espera que a sua “aventura” inspire outras pessoas em todos os lugares a esforçarem-se para fazer coisas difíceis.
Agora, ela já pensa numa ultra-maratona de 386 km que será disputada em terreno montanhoso em outubro.