Caster Semenya, bicampeã olímpica dos 800 m, agora a correr distâncias superiores devido a uma regra que limita os níveis de testosterona em eventos de média distância, está na lista de inscritas nos 5.000 m para o Mundial de Eugene que começa na próxima semana.
Semenya, que não conseguiu os mínimos para o Mundial, acabou por ser incluída na equipa sul-africana que foi anunciada originalmente na semana passada sem o seu nome.
A última prova de Semenya em grandes competições internacionais foi no Mundial de 2017, onde conquistou o terceiro título mundial nos 800 m e o bronze nos 1500 m.
Em 2019, entrou em vigor uma regra da World Athletics que limitava os níveis de testosterona das atletas em eventos femininos dos 400 m até à milha para atletas com diferenças de desenvolvimento sexual (DSD). A World Athletics disse que nenhuma atleta feminina teria um nível acima do limite – cinco nanomoles por litro – a menos que tivesse um DSD ou um tumor.
Semenya fez vários apelos sem sucesso. O seu último no ano passado, ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, ainda não foi julgado.
Nos últimos três anos, Semenya ingressou num clube de futebol, depois regressou à pista, desceu para os 200 m e finalmente, concentrou-se nos 5.000 m.
Ela não se classificou para os JO de Tóquio. Também não se classificou para este Mundial de Eugene com base no seu melhor tempo nesta época e no seu lugar no ranking mundial.
Semenya subiu na lista das candidatas quando outras atletas com melhor classificação não entraram no Mundial. Essa lista inclui por exemplo, a atual campeã mundial, a queniana Hellen Obiri, que está inscrita apenas nos 10.000 m.