O britânico Chris Thompson disse que está “absolutamente devastado” depois dos problemas tidos com o visto de entrada nos Estados Unidos.
Thompson, de 41 anos, ia competir na maratona neste domingo mas foi forçado a desistir, a menos de 48 horas da prova devido a atrasos significativos no processamento do seu visto.
A World Athletics disse que já foram sinalizados 374 casos de vistos envolvendo atletas ou juízes, havendo pouco menos de 100 ainda não resolvidos.
A Federação Britânica de Atletismo confirmou que esteve em contato próximo com a World Athletics e até contou com a ajuda do governo britânico para resolver o atraso de última hora, mas que “o tempo acabou”.
Centenas de outros participantes encontraram-se numa posição semelhante, com o sprinter queniano Ferdinand Omanyala, que correu o terceiro tempo mais rápido dos 100 m neste ano, a chegar a Eugene apenas três horas antes da sua eliminatória ontem à noite.
A questão parece resultar de enormes atrasos nas embaixadas dos EUA, onde os atletas deviam agendar uma consulta e entrevista para obter um visto temporário.
No entanto, a Organização também foi criticada pelo comentador da BBC Michael Johnson por não ter resolvido atempadamente este problema. “Isto é ridículo! Sabe-se que um visto de entrada nos EUA pode ser um dos mais difíceis e o WA (World Athletics) e o Comité Organizador não se anteciparam a isto?”
Sebastian Coe, presidente da World Athletics, admitiu que a questão é motivo de preocupação e que mais atletas podem ficar de fora. “A única coisa que está clara para mim, enquanto lutamos para fazer o máximo que podemos, é que é complicado”, disse Coe. “Em termos de percentagem relativa, é um número pequeno, mas não é confortável se alguém estiver nessa categoria. Trabalharemos até ao último minuto, mas conseguiremos resolver todos estes problemas a tempo do início da competição? Não, não vamos.”