Para além da participação das atletas portuguesas nas provas da madrugada de segunda para terça-feira e de que já demos notícia à parte, houve muitos motivos de interesse.
No Heptatlo, a belga Nafissatou Thiam teve que se esforçar para conquistar a medalha de ouro, tal como o qatari Mutaz Essa Barshim, coroado pela terceira vez na altura. Também a grande favorita, a queniana Faith Kipyegon manteve o seu título nos 1.500 m.
O suspense permaneceu quase até ao final do Heptatlo. Já coroada em 2017, a belga Nafissatou Thiam recuperou o título que lhe tinha escapado em 2019 graças a um bom desempenho na última prova dos 800 m que lhe permitiu recuperar o atraso na classificação sobre a neerlandesa Anouk Vetter. Thiam tinha de chegar 1,40 s à frente mas conseguiu uma vantagem de sete segundos.
À beira da exaustão após a meta, as duas adversárias ainda encontraram forças para se felicitar, sob aplausos do público, cientes de terem presenciado um duelo soberbo.
Thiam somou 6.947 pontos com Vetter a fazer 6.867 e a norte-americana Anna Hall com 6.755.
A prova de 3.000 m obstáculos viu a vitória muito convincente do campeão olímpico marroquino Soufiane El Bakkali, que terminou em 8.25,13, à frente do etíope Lamecha Girma com 8.26,01 e do queniano Conseslus Kipruto em 8.27,92.
Terceiro título consecutivo para Barshim
A competição do salto em altura foi espetacular e, pela terceira vez consecutiva, coroou o qatari Mutaz Essa Barshim, que venceu com 2,37 m, o melhor desempenho mundial do ano. Os restantes lugares do pódio foram ocupados pelo campeão mundial de pista coberta, o sul-coreano Sang -hyeok Woo com 2,35 m e pelo ucraniano Andriy Protsenko com 2,33 m. Co-campeão olímpico em Tóquio com Barshim, o italiano Gianmarco Tamberi ficou em quarto lugar, também com 2,33 m.
A sessão terminou com o grande sucesso da queniana Faith Kipyegon nos 1500 m, somando a um já rico recorde de dois títulos olímpicos e um título mundial na distância. Desta vez, ela venceu destacada em 3.52,96 à frente da etíope Gudaf Tsegay em 3.54,52 e da britânica Laura Muir em 3.55,28.
Os favoritos passam a série de 200 m sem preocupações
Nos 200 m, os grandes favoritos garantiram o acesso às meias-finais sem problema. Noah Lyles foi o mais rápido (19,98), Erriyon Knighton também impressionou pela facilidade antes de desacelerar (20,01) e Fred Kerley (20,17), também vencedor da sua prova, pareceu estar recuperado da grande noite de sábado e do título dos 100 m.
Por outro lado, André de Grasse, campeão olímpico canadiano, não compareceu, ainda fora de forma após um teste Covid positivo há algumas semanas. Ele tinha sido eliminado nas meias-finais dos 100 m.