Foi positiva a presença portuguesa no Mundial de Eugene, nos Estados Unidos. Portugal conseguiu uma medalha de ouro (Pedro Pichardo no triplo), mais três posições de finalista (5ª Auriol Dongmo; 6ª Liliana Cá; 8ª Patrícia Mamona) e outras quatro de semifinalista (9ª Ana Cabecinha; 10º Tiago Pereira; 13ª Inês Henriques; 15ª Evelise Veiga). Contas feitas, são 16 pontos nos top’8, a que corresponde honroso 26º lugar entre todos os países participantes, e 69 pontos nos top’16, a pontuação mais elevada entre as cinco últimas presenças.
Estes primeiros números revelam uma presença bem positiva. Mas não pode olvidar-se a “ajuda” proporcionada por Pedro Pichardo e Auriol Dongmo, dois atletas não formados em Portugal e cuja ausência, marcaria fortemente a presença portuguesa.
A nível individual, nota máxima para Pichardo, à beira dos 18 metros tanto no 1º como no 2º ensaio: 17,95 e 17,92. De Auriol Dongmo (5ª no peso) espera-se sempre um pouco melhor. Já Liliana Cá, 6ª com a melhor marca da época e a quarta de sempre (63,99), continua a exceder as expetativas.
Patrícia Mamona, 8ª no triplo com 14,29 ventosos (+2,1), ficou aquém do que vale. Ana Cabecinha (9ª) ficou desta vez fora da sua habitual posição de finalista. Tiago Pereira, 10º no triplo, foi uma surpresa agradável, embora valha mais que os 16,69 que obteve, tanto na qualificação como na final. Notas positivas ainda para Cátia Azevedo nos 400 m (chegou às meias-finais), Vera Barbosa nos 400 m barreiras e Mariana Machado, recordista sub’23 de 5000 metros.
Em suma: uns campeonatos positivos…
CAMPEONATO DO MUNDO (Eugene, EUA,15/24-7)
MASC. | EL./QUAL. | 1/2 FINAIS | FINAIS | CL. | ATL. | |
1500 m | Isaac Nader | 13º – 3.42,81 | 40º | 41 | ||
Triplo | Pedro Pichardo | 1º-17,16/+1.5 | 1º-17,95/+0,3 | 1º | 28 | |
Tiago Pereira | 6º-16,69/+0.1 | 10º-16,69/+1,8 | 10º | 28 | ||
Peso | Tsanko Arnaudov | 9º – 19,93 | 17º | 30 | ||
Dardo | Leandro Ramos | 12º – 77,34 | 22º | 28 | ||
35 km M | Rui Coelho | 39º – 2.44.55 | 39º | 48 | ||
João Vieira | desistiu | des. | 48 | |||
FEM. | ||||||
100 m | Lorène Bazolo | 6ª-11,44/-0,1 | 38ª | 49 | ||
200 m | Lorène Bazolo | 6ª-23,41/-0,2 | 33ª | 44 | ||
400 m | Cátia Azevedo | 5ª – 51,55 | 7ª – 51,79 | 19ª | 43 | |
1500 m | Marta Pen | 7ª – 4.08,58 | 30ª | 42 | ||
5000 m | Mariana Machado | 12ª – 15.18,09 | 20ª | 37 | ||
400 bar. | Vera Barbosa | 7ª – 56,79 | 30ª | 37 | ||
Comprim. | Evelise Veiga | 8ª-6,54/+0,3 | 15ª | 27 | ||
Triplo | Patrícia Mamona | 7ª-14,32/+0.7 | 8ª – 14,29/+2,1 | 8ª | 28 | |
Peso | Auriol Dongmo | 1ª – 19,38 | 5ª – 19,62 | 5ª | 29 | |
Jéssica Inchude | 9ª – 18,01 | 17ª | 29 | |||
Disco | Liliana Cá | 6ª – 61,41 | 6ª – 63,99 | 6ª | 30 | |
Irina Rodrigues | 12ª – 57,69 | 23ª | 30 | |||
20 km M | Ana Cabecinha | 9ª – 1.30.29 | 9ª | 41 | ||
Carolina Costa | 25ª – 1.36.31 | 25ª | 41 |
O do dardo é mesmo p ignorar!!!
“Mas não pode olvidar-se a “ajuda” proporcionada por Pedro Pichardo e Auriol Dongmo, dois atletas não formados em Portugal e cuja ausência, marcaria fortemente a presença portuguesa.”
Estou completamente de acordo.
Mas a minha é se não houve países que ficaram à nossa frente, cuja os pontos conquistados pelos seus naturalizados, marcariam de modo igual ou ainda mais a presença desses países?
Eu também gostaria de ver Portugal a obter os seus pontos através de atletas nascido no continente e nas ilhas portuguesas mas, se queremos fugir da mediocridade com que o Atletismo Português andou anos e anos, então teremos de competir com as mesmas armas que os outros usam.
É a minha opinião.