Fernando Mota nasceu em 12 de Agosto de 1946, em Leiria. Licenciou-se em Educação Física pelo INEF (Instituto Nacional de Educação Física) em 1964 e cedo enveredou pela carreira de treinador de atletismo, no Benfica, CDUL (clube que chegou a representar enquanto jovem) e depois nos quadros federativos, onde foi treinador nacional de lançamentos.
Paralelamente, foi técnico na antiga Direcção-Geral dos Desportos, logo a seguir ao 25 de Abril de 1974 e desde 1978, exerceu funções como professor na Escola Náutica Infante D. Henrique (Paço de Arcos).
Recebeu a Medalha de Mérito Desportivo, atribuída pelo Governo em 1992 e o Emblema de Ouro da Associação Europeia de Atletismo, em 2003.
Foi Presidente da Federação Portuguesa de Atletismo desde 1993 até 2012. Foi quem por mais anos liderou a FPA e, antes de assumir o cargo, foi ao longo de dez anos (1983-1992) diretor técnico nacional, com funções muito abrangentes.
Foi nos anos da sua presidência que o atletismo português deu um salto qualitativo, até então limitado aos fora de série do meio fundo – como Carlos Lopes, Fernando Mamede ou Rosa Mota – para evoluir em todos os planos, incluindo a velocidade, os lançamentos e os saltos.
Apostou na pista com a construção de várias delas para a prática da modalidade.
Na década de 90, o atletismo luso de pista evoluiu a ponto de se tornar uma das melhores seleções da segunda liga europeia.
Fernando Mota ficou também ligado à organização de um Mundial de Pista Coberta, em Lisboa em 2001, a um Mundial de Corta-Mato, no Algarve e a dois Europeus de Crosse.
Pessoa polémica, viu-se por algumas vezes envolvido em polémicas – a mais conhecida e mediática terá sido a que teve com Rosa Mota e o seu treinador, José Pedrosa, em vésperas dos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.
Nos últimos anos do seu mandato, era evidente o desgaste da função. Pediu em 2011 a demissão, reconhecendo o erro grave da sua Direção, que impediu Sara Moreira de lutar por uma medalha no Europeu de Paris.
Acabou por ficar ainda à frente da Federação Portuguesa de Atletismo até 2012, que era o último possível, face à nova Lei de Bases do Desporto.
– PARABÉNS FERNANDO MOTA!