Os membros da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) reúnem-se hoje e amanhã em Londres, para debaterem os avanços dos métodos e controle de doping no atletismo russo e falar sobre a possibilidade de retirar a prova dos 50 km marcha dos Jogos Olímpicos.
O Comité Olímpico Internacional (COI) foi a favor da remoção da prova do programa olímpico e chamou-a de “anacrónica”. O COI também usou como argumento a falta de interesse dos jovens em eventos de longa duração.
Sebastian Coe, presidente da IAAF, que pretende renovar o atletismo para torná-lo mais atraente para a televisão, não irá lutar para tentar manter a prova nos Jogos Olímpicos. Yohann Diniz, francês recordista mundial nos 50 km marcha (3h32m33s) tem uma visão diferente. “O público? Mas eles são bons. Na verdade, são melhores do que na maratona. Os 50 km oferecem cenários imprevistos e improváveis. Essa é uma prova que representa o verdadeiro olimpismo em toda a sua grandeza e não no negócio que os Jogos Olímpicos se tornaram”.
A prova dos 20 km marcha, feminina e masculina, não correm o risco de saírem do programa olímpico. No entanto, a prova passará a ser uma meia maratona e passará a receber outro nome.
Destaca-se também que o norueguês Rune Andersen, presidente da entidade da IAAF criada para restaurar o sistema do atletismo russo, informou que o país poderá voltar a participar em competições em Novembro, o que significa que a Rússia, que está suspensa desde Novembro de 2015, não participará no Campeonato Mundial em Londres. Somente sete atletas russos receberam a permissão para disputar o Mundial sob bandeira neutra.