A indiana Kamalpreet Kaur, melhor discóbola do país nos últimos tempos, foi suspensa por três anos pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU). Esta, em comunicado, afirmou que Kaur havia testado positivo para uma substância proibida num teste realizado em 7 de março deste ano.
Kaur bateu em junho do ano passado, o recorde nacional do disco com 66,59 m, garantindo uma vaga nos JO de Tóquio, onde foi sexta na final com 63,70 m.
Segundo a AIU, Kaur foi suspensa depois de ter recorrido a stanozolol, que está na lista de substâncias proibidas. Kaur havia fornecido uma amostra de urina num teste fora da competição, em 7 de março. Três semanas depois, um laboratório credenciado pela WADA em Lausanne, comunicou um resultado analítico adverso na amostra. Kaur foi informada do mesmo em 29 de março.
O estanozolol é classificado como um esteroide anabolizante, tendo ganho notoriedade quando o canadiano Ben Johnson foi destituído da sua medalha de ouro nos 100 m, nos Jogos Olímpicos de Seul em 1988, depois de os vestígios do esteroide terem sido detetados na sua amostra de urina.
A suspensão de Kaur foi reduzida de quatro para três anos, depois da atleta ter admitido a violação. Teve início a partir de 29 de março de 2022 (data da suspensão provisória) e serão nulos, todos os seus resultados obtidos desde 7 de março deste ano.
A Índia ocupa o terceiro lugar no mundo nos casos de doping, de acordo com o último relatório da Agência Mundial Antidoping (WADA) divulgado em 2021. A Índia teve 152 casos de doping em todas as modalidades, abaixo apenas da Rússia (167) e da Itália (157).