A marchadora venezuelana Johana Trujillo venceu uma prova de 5 km marcha da Universidade dos Andes. Mas quando chegou o momento de subir ao pódio para receber a sua medalha, foi impedida de o fazer.
A Organização do evento disputado em Táchira, recusou-se então a permitir que a atleta transgénero subisse ao pódio porque teria havido reclamações de algumas participantes da prova.
No entanto, tal, foi uma surpresa porque Johana Trujillo havia sido reconhecida como atleta transgénero, conforme confirmado por Carlos Ramones, diretor do Comité da Organização do evento.
Na Venezuela, houve progresso no reconhecimento de pessoas trans, mas na prática elas não podem obter legalmente um documento de identidade de acordo com o seu género. No entanto, a Universidade dos Andes aprovou um acordo que reconhece pessoas transgénero nas suas instalações, onde a competição foi realizada.
A ONG do Movimento SOMOS denunciou a situação e espera que a vitória seja devolvida a Johana Trujillo.
O Comité Olímpico Internacional aceita a participação de atletas transgéneros, embora tenha deixado a decisão nas mãos das federações internacionais. Nesse sentido, Sebastian Coe, presidente da World AThletics é contra a possibilidade dos atletas poderem mudar de género no atletismo.