O queniano Julius Yego, ex-campeão mundial do lançamento do dardo, afirmou que os atletas beneficiaram muito no esclarecimento das regras e regulamentos antidoping da Federação Queniana de Atletismo (AK), da Agência Antidoping do Quénia (ADAK) e da Unidade de Integridade do Atletismo (AIU).
Ele culpa o aumento dos casos de violação das regras antidoping nos atletas que conscientemente, ajudam e incentivam o doping, o que aponta para um sindicato bem lubrificado.
“Já nos disseram o suficiente em termos de treino por ADAK, AK e AIU, e vimo-los agora irem ainda mais longe, para ensinar os jovens atletas”, disse Yego no programa desportivo da NTV, SportOn!
“Posso culpar (aumento de casos de violação das regras antidoping) a ignorância e arrogância de alguns poucos atletas que querem vencer o sistema, mas estão a ser apanhados”, disse Yego.
No mesmo programa, Barnabas Korir, membro do Comité Executivo da Federação, disse que este organismo forneceu à Agência Antidoping do Quénia, informações para que eles pudessem investigar mais os cartéis de doping e processar os infratores.
Korir disse que, pelo lado positivo, o número de atletas apanhados a violar as regras antidoping, prova que o sistema está a funcionar.
Muitos dos atletas quenianos suspensos recorreram à Norandrosterona e Triancinolona.
Também falando no SportOn, Bildad Rogoncho, chefe dos assuntos jurídicos da Agência Antidoping do Quénia, revelou que alguns atletas estavam a apresentar prescrições médicas falsas com o objetivo de se livrarem da regra permitida de isenção de uso terapêutico que permite aos atletas utilizarem substâncias na lista proibida, apenas para fins medicinais.
“Temos mecanismos e podemos investigar e saber a verdade e o meu conselho para eles, é fazerem apenas a coisa certa”, alertou Rogoncho.