Os atletas norte-americanos de elite, tal como os dos outros países, já estão habituados aos constantes testes antidoping. Eles são testados antes e depois das competições. Eles são testados nas suas casas e locais de treino. A atleta Kate Grace brincou recentemente com os testes, dizendo que temendo que aparecesse algo no seu exame sanguíneo, informou a Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) que estava grávida – antes mesmo de o marido saber.
Kate Grace, de 34 anos, que sofreu de um longo COVID nos primeiros meses deste ano e não corre desde setembro de 2021, foi testada 12 vezes em 2022. Isto de acordo com o banco de dados da USADA.
Quem é escolhido para o teste? Pode parecer aleatório, mas a USADA já declarou que os testes “podem ser baseados em muitos fatores diferentes, como cronogramas e resultados de treino e competição, dados de passaportes biológicos dos atletas, regresso de lesão ou retirada, investigação disponível sobre tendências de doping, ou dicas credíveis recebidas sobre possíveis situações de doping”.
Kate Grace, é ao que parece este ano sem ter competido, uma das atletas mais testadas no banco de dados da USADA. Dos 463 atletas testados, apenas 18 tiveram 10 ou mais testes feitos.
No topo da lista está outra atleta de 800 metros, Olivia Baker, com 17 testes. Shelby Houlihan é a segunda na lista de 2022 com 16 testes. Ela cumpre uma suspensão de quatro anos por falhar um teste antidoping no final de 2021.
De acordo com a USADA, “é extremamente importante continuar a testar atletas sob sanção devido ao potencial de efeitos duradouros de melhoria de desempenho. A falha em fazê-lo equivaleria a um ‘passe de corredor’ inaceitável de doping, onde os atletas poderiam envolver-se livremente em práticas de doping enquanto uma sanção permanecesse em vigor, comprometendo assim o direito dos atletas limpos de competir num campo de jogo seguro e nivelado após o regresso de um atleta sancionado à competição”.
Nell Rojas e Shadrack Kipchirchir, que correram ambos, a última edição da Maratona de Nova York, foram testados 15 vezes cada um. Galen Rupp fez até agora oito testes quando o ano passado, fez 17. Mas Des Linden, depois de ter feito 15 testes em 2021, ainda não fez nenhum este ano.
A USADA não é o único órgão que realiza testes antidoping, portanto, o banco de dados público da organização não reflete necessariamente todos os testes antidoping feitos por um atleta. O total de um atleta pode assim, ser maior do que o mostrado no banco de dados.
Aqui está quem lidera a lista dos atletas mais testados da USADA até 25 de outubro:
17 – Olivia Baker, 800 m
16*- Shelby Houlihan, 1.500 m
15 – Shadrack Kipchirchir, maratona
15 – Nell Rojas, maratona
13 – Evan Jager, 3.000 m obstáculos
13 – Leonard Korir, maratona
12 – Vashti Cunningham, salto em altura
12 – Kate Grace, 800 m
12*- Obichukwu Igbokwe, 400 m
11 – Elise Cranny, 5.000 e 10.000 m
11 – Keira D’Amato, maratona
11 – Aliphine Tuliamuk, maratona
10 – Grant Fisher, 5.000 e 10.000 m
10 – Elija Godwin, 400 m
10 – Sarah Pagano, maratona
10 – Emily Sisson, maratona
10 – Abby Steiner, 200 m
10 – Kellyn Taylor, maratona,
*Indica o atleta a cumprir atualmente uma suspensão por violações antidoping.