A maratonista norte-americana Mary Akor venceu mais uma maratona, agora na Maratona Monumental de Santiago de América disputada em 27 de novembro. O primeiro lugar com 2h41m55s garantiu-lhe um prémio monetário de oito mil dólares.
Akor tem recorrido a várias versões do seu nome. Às vezes, ela é Mary Akor, outras vezes Mary Beasley, ou, como nesta prova mais recente, uma estranha combinação das duas: Akor correu com o nome de Mary Akprbeasly.
No início deste outono, ela ganhou seis mil dólares na Detriot Free Press Marathon, onde correu com o nome de Mary Beasley. Depois de o diretor da prova ter sido criticado nas redes sociais pela vitória de Akor, ele divulgou uma declaração de que a Organização da maratona vai implementar em 2023, uma política antidoping para todos os atletas elegíveis para prémios monetários.
Há quem diga que ela só corre em provas onde não há testes antidoping. Há duas semanas, Akor estava na lista de elite da Maratona da Filadélfia, mas não terminou a prova.
Este ano, ela também ganhou prémios monetários na Meia Maratona de Orange County e na Mexicali Mexicali, sendo segunda em ambas as provas.
Akor, de 46 anos, nasceu na Nigéria, mas é cidadã norte-americana desde 2004, representando a seleção nacional nos Campeonatos Mundiais da Maratona de 2005 e 2007. Ela também venceu a Maratona de Vancouver em 2004, 2008 e 2009 e foi segunda em 2012.
Akor testou positivo para Clenbuterol na Maratona Gobernador de 2013, no México, e aceitou uma suspensão de dois anos da Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA).
Clenbuterol é um broncodilatador usado para abrir as vias aéreas para facilitar a respiração e também aumenta a oxidação de gordura.
Akor explicou o seu teste positivo num artigo publicado no Detroit Free Press. “Eu estava no México e tenho asma, então não sei se foi o remédio que me deram ou se foi a carne que comi”, disse ela. “Não como mais carne bovina por causa desse problema. E como não consegui um advogado, fui suspensa.”
Em 2019, Akor foi desclassificada na Maratona de Austin após tentar impedir que uma corredora a ultrapassasse. A ultramaratonista norte-americana e recordista mundial Camille Herron twittou em 26 de novembro que Akor também cuspiu repetidamente nela e atropelou-a numa prova de 10 km disputada em 2011 em Northport. Herron foi então sexta em 34m40s e Akor foi sétima a 14 segundos dela.