A escocesa Eilish McColgan, uma das principais fundistas da Grã-Bretanha, falou sobre as medidas a tomar referentes aos atletas transgénero.
A World Athletics confirmou no início deste mês que a sua opção preferida é de reduzir em 50% o nível máximo de testosterona plasmática permitido às mulheres transgénero, em comparação com os atuais regulamentos e dobrar o período de tempo para dois anos em que as atletas devem permanecer abaixo desse limite para poderem competir.
“Não sou uma cientista, então confio que pessoas como Sebastian Coe e a World Athletics, estão a fazer a devida diligência e analisar isto adequadamente”, disse McColgan, campeã dos 10.000 metros dos Jogos da Commonwealth.
“Há muito mais em ser mulher do que baixar a testosterona, e muito mais trabalho a ser feito para descobrir se há uma vantagem. Mesmo que haja uma vantagem de um por cento, é vantagem demasiada. Existem regras para outros ganhos vantajosos, então este deve ser um deles.”
McColgan admitiu que é relutante em comentar questões delicadas da modalidade devido aos abusos que sofreu online. Ela disse: “Eu sofri abuso constante online e já fui bastante chateada”.
“Estou mais do que feliz por atletas transexuais serem incluídos”. Segundo ela, eles devem ser incluídos de alguma forma mas respeitar as mulheres nascidas como tal.
“Que tenhamos uma categoria aberta e uma categoria XX geneticamente formada ou algo nesse sentido.
“Mas a melhor pessoa para falar seria Caitlyn Jenner (que ganhou o ouro olímpico no decatlo como Bruce Jenner, antes de fazer a transição para uma mulher), que viveu a experiência e compreende isso”.
“Não tenho nenhuma experiência vivida disso ou das mudanças pelas quais se passa como trans”.