Os Comités Olímpicos Africanos reunidos no sábado na Mauritânia, anunciaram que são favoráveis à presença de atletas russos nos JO de Paris do próximo ano, apesar da invasão russa na Ucrânia.
“Os membros manifestaram-se unanimemente a favor da participação de atletas russos e bielorrussos em todas as competições internacionais”, disse o órgão num comunicado.
Os Comités Olímpicos africanos alinharam-se assim com a posição do Comité Olímpico Internacional (COI) e juntaram-se ao Conselho Olímpico da Ásia (OCA), que tinha proposto no final de Janeiro, integrar atletas russos e bielorrussos nas suas próprias competições regionais, como os Jogos Asiáticos.
O COI havia delineado no final de janeiro o caminho para a reintegração dos atletas russos e bielorrussos , excluídos do desporto mundial desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. Eles seriam reintegrados sob bandeira neutra, com a condição de que “não apoiassem ativamente a guerra na Ucrânia”. O executivo do COI disse: “Nenhum atleta deve ser impedido de competir apenas com base no seu passaporte”.
Ameaça de boicote da Ucrânia
Mas a proposta do COI de fazer regressar à competição os atletas russos e bielorrussos está longe de ser unânime. Em carta conjunta, um grupo de países (incluindo França, Grã-Bretanha, Suécia, Polónia, Estados Unidos e Canadá) pediu ao COI “esclarecimentos” sobre a neutralidade exigida para atletas russos e bielorrussos, condicionando a sua participação nos JO de Paris.
A Ucrânia, por outro lado, é contra a possibilidade da presença de atletas russos e bielorrussos em Paris, mesmo que sob uma bandeira neutra, e já ameaçou boicotar os Jogos Olímpicos.