O atletismo português está de parabéns com o seu desempenho o Campeonato Europeu de Pista Coberta disputado em Istambul.
Para além de ter tido a maior delegação de sempre com 22 atletas, tivemos nove deles nos primeiros oito lugares, três medalhas (duas de ouro e uma de bronze), dois recordes nacionais batidos e um igualado.
No Medalheiro, fomos a sexta nação e na Tabela de Pontuação dos 8 primeiros, obtivemos o 10º lugar com 41 pontos, superando o anterior máximo de 33 pontos na última edição em Torun 2021. Tivemos dois primeiros (Pedro Pichardo e Auriol Dongmo), um terceiro (Patrícia Mamona), dois quartos (Tiago Pereira e Jéssica Inchude), um quinto (Arialis Martinez), um sexto (Marta Pen) e dois oitavos (Evelise Veiga e João Coelho) lugares.
Bateram recordes nacionais, Pedro Pichardo no triplo salto com 17,60 m, melhor marca mundial da época e João Coelho nos 400 m com 46,51. Arialis Martinez com 7,17 nos 60 m, igualou o recorde nacional de Lorène Bazolo e foi a primeira sprinter portuguesa a participar numa final num Europeu.
Auriol Dongmo conseguiu a melhor marca europeia da época no lançamento do peso com 19,76.
Tivemos sete atletas que conseguiram em Istambul a sua melhor marca da época. Para além de Pedro Pichardo, João Coelho, Auriol Dongmo e Arialis Martinez, tivemos ainda Tiago Pereira no triplo salto com 16,51 m, Evelise Veiga no salto em comprimento com 6,53 m e Marta Pen Freitas com 4.07,95 nos 1.500 m.
Falta de estruturas
Mas, nem tudo são rosas no atletismo nacional, apesar dos bons resultados agora obtidos. José Santos, Diretor Técnico Nacional, referiu a falta de pistas cobertas em Lisboa e Porto. Mais, “A única pista completa que o país tem, em Espinho e com o nome de António Leitão, está armazenada, sem que a possamos utilizar há uma década. Foi usada uns anos, em Braga, por empréstimo, mas não a conseguimos utilizar.”
E o vice-presidente Luís Figueiredo referiu o facto de a Federação não dispor de uma pista em Lisboa que possa utilizar sem ter de pagar a sua utilização, caso da pista do Estádio Universitário. São naturalmente, lacunas graves que prejudicam o desenvolvimento da modalidade.
MEDALHEIRO
País | O | P | B | Total | |
1º | Noruega | 4 | 1 | 0 | 5 |
2º | Países Baixos | 3 | 3 | 1 | 7 |
3º | Grã-Bretanha | 3 | 1 | 2 | 6 |
4º | Itália | 2 | 4 | 0 | 6 |
5º | Bélgica | 2 | 1 | 3 | 6 |
6º | Portugal | 2 | 0 | 1 | 3 |
6º | Suíça | 2 | 0 | 1 | 3 |
8º | Finlândia | 2 | 0 | 0 | 2 |
9º | França | 1 | 2 | 3 | 6 |
10º | Alemanha | 1 | 2 | 1 | 4 |
TABELA 8 PRIMEIROS
País | Pontuação | |
1º | Itália | 84,0 |
2º | Grã-Bretanha | 72,5 |
3º | Países Baixos | 69,0 |
4º | Alemanha | 61,0 |
5º | França | 58,0 |
6º | Polónia | 57,5 |
6º | Bélgica | 57,0 |
8º | Espanha | 52,0 |
9º | Noruega | 45,0 |
10º | Portugal | 41,0 |
Comparação melhores marcas da época e em Istambul
MASCULINOS | DISCIPLINA | MELHOR MARCA DA ÉPOCA | MELHOR MARCA EM ISTAMBUL | LUGAR/Nº PARTIC. |
Carlos Nascimento | 60 m | 6,69 | 6,71 | 20/37 |
João Coelho | 400 m | 46,65 | 46,51 | 8/25 |
José Carlos Pinto | 800 m | 1.47,97 | 1.50,57 | 23/27 |
Isaac Nader | 1.500 m | 3.37,29 | 3.52,73 | 22/23 |
Abdel Larrinaga | 60 m barreiras | 7,73 | 7,77 | 13/30 |
Gerson Baldé | Altura | 2,19 | 2,14 | 9/17 |
Tiago Pereira | Triplo salto | 16,48 | 16,51 | 4/17 |
Pedro Pichardo | Triplo salto | 17,12 | 17,60 | 1/17 |
Francisco Belo | Peso | 20,39 | 19,61 | 12/16 |
FEMININOS | ||||
Loréne Bazolo | 60 m | 7,28 | 7,32 | 16/37 |
Arialis Martinez | 60 m | 7,18 | 7,17 | 5/37 |
Rosalina Santos | 60 m | 7,24 | 7,30 | 20/37 |
Patrícia Silva | 800 m | 2.05,14 | 2.07,58 | 24/28 |
Salomé Afonso | 1.500 m | 4.12,12 | 4.16,59 | 16/21 |
Marta Pen | 1.500 m | 4.08,58 | 4.07,95 | 6/21 |
Mariana Machado | 3.000 m | 8.59,69 | 9.07,78 | 15/23 |
Olímpia Barbosa | 60 m barreiras | 8,16 | 8,21 | 23/30 |
Evelise Veiga | Comprimento | 6,50 | 6,53 | 8/17 |
Patrícia Mamona | Triplo salto | 14,41 | 14,16 | 3/18 |
Eliana Bandeira | Peso | 17,97 | 17,23 | 12/16 |
Auriol Dongmo | Peso | 19,24 | 19,76 | 1/16 |
Jéssica Inchude | Peso | 18,47 | 18,33 | 4/16 |