O atleta neozelandês Zane Robertson foi suspenso pelo Tribunal do Desporto por oito anos, quatro por ter acusado EPO e outros quatro por ter adulterado ou tentado adulterar o processo.
O atleta acusou positivo após uma prova de estrada disputada no ano passado em Manchester. Ele tinha-se mudado para o Quénia com o seu irmão gémeo Jake para ser um grande fundista. Bateu os recordes nacionais dos 10.000 m com 27.33,67, da meia maratona com 59m47s e da maratona com 2h08m19s.
O seu recorde dos 10.000 m foi obtido na final dos JO do Rio de Janeiro, onde foi 12º. Mais tarde, o seu recorde foi batido pelo seu irmão Jake.
Robertson conquistou a medalha de bronze para o seu país nos Jogos da Commonwealth disputados em Glasgow, em 2014.
Neste caso de doping, Robertson afirmou que tinha comparecido num centro médico queniano para se vacinar contra a Covid-19, mas que em vez disso, foi tratado como se estivesse infetado com a Covid-19, que incluiu a administração de EPO. Ele também alegou que havia dito ao médico assistente que era atleta e não poderia ser tratado com uma substância que estava na lista proibida.
Mas as autoridades antidoping da Nova Zelândia (DFSNZ) alegaram que Robertson não recebeu EPO na instalação, que não compareceu à instalação na data alegada, que dos dois médicos que ele alegou que o trataram, um era técnico de laboratório e o outro não trabalhava na instalação, que as anotações médicas não foram geradas na instalação e o número do paciente nas anotações, não era de Robertson.
A DFSNZ alegou que as declarações de Robertson e os documentos de apoio, incluíam documentos falsificados e falsos testemunhos que, se comprovados ou não contestados, equivalem a uma violação da Regra 2.5 (manipulação).
O atleta de 33 anos tinha sido suspenso provisoriamente em 20 de setembro do ano passado.