Para além da presença de Auriol Dongmo no peso e Liliana Cá no disco, de que já demos notícia, os Bislett Games em Oslo não tiveram recordes mundiais como em Paris mas tiveram também grandes resultados, particularmente dos ídolos nacionais Karsten Warholm e Jakob Ingebrigtsen.
Num estádio lotado com 15 mil espetadores, Warholm correu os 400 m barreiras em 46,52, quarto tempo mais rápido da história e o seu segundo melhor tempo de sempre, a seguir ao seu recorde mundial de 45,94. Ele detém agora três das cinco melhores marcas de sempre.
Warholm superou o norte-americano CJ Allen que bateu o seu recorde pessoal com 47,58 e o francês Wilfried Happio com 48,13.
Depois dos 400 m barreiras, foi a vez de outro norueguês dar show. Jakob Ingebrigtsen, perfeitamente lançado pelas duas lebres, terminou os 1.500 m a um ritmo infernal para vencer em 3.27,95, sexto melhor tempo mundial de sempre.
Seis dias depois de obter em Paris, a melhor marca mundial de sempre nas duas milhas, Ingebrigtsen bateu o recorde europeu que lhe pertencia desde os JO de Tóquio com 3.28,32.
Atrás de Ingebrigtsen, tivemos oito atletas a correr abaixo dos 3m30s. O espanhol Mohamed Katir foi segundo com 3.28,89 e o norte-americano Yared Nuguse, terceiro em 3.29,02.
Nas outras provas, os 5.000 m deram origem a um grande duelo entre o etíope Yomif Kejelcha e o ugandês Jacob Kiplimo. Foi preciso o photo finish para dar a vitória ao primeiro, em 12.41,73, sexto tempo na história. Kiplimo foi creditado com o mesmo tempo.
Nos 100 m, vitória clara para a costa-marfinense Marie-Josée Ta Lou em 10,75 (+0,9 m/s), deixando longe a jamaicana Shericka Jackson com 10,98.
Nos 400 m barreiras, a neerlandesa Femke Bol, voltou a fazer 14 passadas entre as barreiras, em vez das 15 anteriores. Venceu em 52,30, novo recorde pessoal e conquistando a sua 15ª vitória em tantas provas da Liga Diamante.
Nos 400 m, o sul-africano Wayde van Niekerk, na sua primeira prova na Liga Diamante desde 2017, ano do seu título mundial, mas também de sua grave lesão no joelho, obteve uma grande vitória em 44,38. Não bateu os seus 44,17 alcançados em 1 de abril mas ganhou certamente muita força para o Mundial de Budapeste. Nos lugares imediatos, ficaram o zambiano Muzala Samukonga com 44,49 e o norte-americano Vernon Norwood em 44,51.
No salto com vara, nem tudo foi perfeito para Armand Duplantis. O sueco venceu mas teve várias falhas, aos 5,91 m, depois aos 6,01 m, antes de falhar os três saltos a 6,12 m. O recordista mundial (6,22 m) bateu o norte-americano Chris Nilsen com 5,91 m.
Nos 200 m, o jovem norte-americano Erriyon Knighton, de 19 anos, apagou o recorde de meetings de Usain Bolt com 19,77 (+0,6 m/s), muito à frente do cubano Reynier Mena que corre pelo SL Benfica em 20,09. O campeão olímpico Andre de Grasse melhorou ligeiramente o seu melhor tempo da época com 20,33.
No triplo salto, a venezuelana Yulimar Rojas reapareceu na Liga Diamante com uma vitória ao saltar 14,91 m (+2,1 m/s) logo na sua primeira tentativa. A cubana Leyanis Perez Hernandez foi segunda, não muito longe, com 14,87 (+1,4 m/s), novo recorde pessoal.
Fora do programa da Liga Diamante, o polaco campeão olímpico do lançamento do martelo Wojciech Nowicki bateu o recorde do circuito e da época com 81,92 m. Destaque ainda para o recorde mundial júnior da milha do etíope Birke Haylom, de 17 anos, em 4.17,13.