O campeão olímpico Eliud Kipchoge ficou hoje a 26 segundos da barreira das duas horas na maratona realizada no Autódromo de Monza. O queniano superou assim em 2m32s o recorde oficial do seu compatriota Dennis Kimetto, desde 2014 em Berlim.
Tudo estava preparado em Monza para que o mítico muro das duas horas caísse pela primeira vez na história. As condições eram as adequadas para o desafio, com pouco mais de 11ºC, humidade de 68% e um vento quase nulo. Kipchoge, Zerzenay Tadese e Lelisa Desisa, deviam seguir o ritmo infernal das 32 “lebres” que se foram revezando ao longo do percurso em grupos de seis atletas.
Junto aos três protagonistas, havia dois ciclistas com tudo o que era necessário para os seus abastecimentos. Os atletas passaram os primeiros 5 km em 14m14s, para uma marca final de 1h59m56s. Os 10 km foram corridos em 28m21s, menos 5 segundos que o previsto pela Nike, para um tempo projetado de 1h59m35s.
Entretanto, Lelisa Desisa a contas com problemas musculares, já tinha alguns metros de atraso aos 15 km que foram passados pelos primeiros em 42m34s, para um tempo final estimado de 1h59m48s.
Zerzenay Tadese aguentou o ritmo das “lebres” até ao vigésimo quilómetro, passado em 56m49s, para um tempo estimado de 1h59m53s. A meia maratona registou 59m57s e o km 25 em 1h11m03s, para um tempo final de 1h59m56s. Nessa altura, Kipchoge não dava qualquer sinal de fraqueza, passando aos 30 km em 1h25m20s, para um tempo estimado exato de duas horas. Aos 35 km, o queniano passou em 1h39m37s, estimando-se um tempo final de 2h00m06s.
No final e após cortar a meta em 2h00m25s, Kipchoge deixou a porta aberta para uma nova tentativa. Tadese concluiu a prova em 2h06m51s, enquanto que Desisa, terminou em 2h14m10s.