A atleta espanhola Ana Peleteiro denunciou uma campanha de assédio nas redes sociais depois de ter dado uma entrevista ao El País, onde disse ser contra a participação das atletas transgénero ao lado de mulheres.
“As portas devem ser abertas para pessoas trans, mas no desporto não profissional. No atletismo, a mulher que salta mais, tem 15 metros e um pico e o homem, 18 metros e um pico.”
“Um número incontável de pessoas insultam-me, desejam-me a morte, desejam o mal para a minha família e até mesmo mensagens de ódio pedindo a Deus que, com sorte, parta a minha perna”, reclama Peleteiro que regressou há pouco à alta competição depois de ter sido mãe.
“Eu adoro e respeito 100% o coletivo LGTBI, tenho amigos e até familiares que pertencem a ele. Vou sempre defender e lutar todos os dias pelos seus direitos tal como faço pelos direitos das mulheres CIS (que vivem com o sexo com que nasceram)”, afirmou Peleteiro.
Na sua opinião, a sua posição “não se trata de uma questão ideológica, nem de transfobia,” defendendo uma categoria adaptada às mulheres transgénero: “Hoje, sem uma categoria TRANS, o desporto profissional não é viável. Vamos lutar para que o desporto profissional seja regularizado e adaptado às pessoas TRANS ao invés de apedrejar e enterrar as mulheres que lutam todos os dias pelos nossos direitos”.