Para além do recorde mundial da queniana Faith Kipyegon na prova da milha com 4.07,64 de que já demos notícia, o Meeting do Mónaco teve muitos desempenhos de relevo, apesar da ausência à última hora norte-americana Sydney McLaughlin-Levrone, devido a desconforto no joelho.
Nos 400 m barreiras, Karsten Warholm aproveitou as condições ideais (30°C, pouco vento) para melhorar em um centésimo a sua melhor marca pessoal da época com 46,51, recorde do meeting e segundo melhor tempo da sua carreira, muito à frente do campeão mundial brasileiro Alison dos Santos com 47,66, a regressar à competição após a cirurgia ao menisco neste inverno. O norte-americano Allen CJ fechou o pódio em 47,84.
No salto com vara, Armand Duplantis deixou fugir a vitória para o norte-americano Chris Nilsen, autor de um salto de 5,92 m na primeira tentativa (falhando depois os 6,02 m). O sueco ultrapassou 5,72 m antes de falhar por duas vezes a fasquia a 5,92 m. Tentou depois 6,02 m mas sem êxito. As massagens feitas a Duplantis por Sam Kendricks, para aliviar as cãibras nos isquiotibiais, não resultaram. Esta foi sua primeira derrota desde 2 de setembro de 2022 no Meeting de Bruxelas.
No final da prova, Duplantis disse: “Hoje não correu como planeado e esta foi a minha última competição antes do Mundial em Budapeste, por isso tenho de ir com calma, descansar e tratar das minhas costas. Mas acho que tive um dia mau e voltarei a todo vapor em Budapeste”.
Nos 200 m, a jamaicana Shericka Jackson esteve imperial em 21,86 (+0,2 m/s), o seu oitavo melhor tempo da carreira. A campeã mundial dos 200 m venceu a sprinter das Ilhas Virgens Julien Alfred (22,08) e a britânica Dina Asher-Smith (22,23).
Nos 100 m, a vitória coube ao queniano Ferdinand Omanyala em 9,92 (+0,6 m/s), um centésimo à frente de Letsile Tebogo em 9,93.
No salto em comprimento, a italiana Larissa Iapichino venceu em 6,95 m (+0,3 m/s) com a venezuelana Yulimar Rojas a ser apenas décima com 6,61 m.
Nos 100 m barreiras, a norte-americana Nia Ali venceu em 12,30 (+0,6 m/s), recorde do meeting e melhor marca mundial da época, logo seguida da compatriota Kendra Harrison com mais um centésimo.
Nos 5.000 m, o etíope Hagos Gebrhiwet venceu em 12.42,18 com o espanhol Mohamed Katir a ser quarto em 12.45,01, novo recorde europeu superando o anterior de Jakob Ingebrigtsen com 12.48,45. Houve nove marcas abaixo dos 13 minutos.
Nas outras provas, tivemos os seguintes vencedores:
Masculinos
Lançamento dardo: Jakub Vadlejch (Rep. Checa) 85,95 m
800 m: Wyclife Kinyamal (Quénia) 1.43,22 (melhor marca mundial da época)
Triplo salto: Fabrice Hughes Zango (Burundi) 17,70 m (-0,4 m/s)
3.000m obstáculos: Simon Koech (Quénia) 8.04,19
Femininos
Salto em altura: Nicola Olyslagers (Austrália) 1,99 m
400 m: Natalia Kaczmarek (Polónia) 49,63