A norte-americana Jacky Hunt-Broersma lançou umnovo desafio ao comemorar o seu 21º aniversário sem cancro. Ela pretende correr diariamente uma meia maratona desde o dia 1 deste mês até completar 5.250 km.
Este desafio é a forma escolhida por Broersma para homenagear os sobreviventes do cancro, aqueles que lutam contra a doença e aqueles que já perderam as suas vidas.
Apelidado de projeto ‘Fazendo coisas difíceis’, Hunt-Broersma escolheu a distância para representar o número de pessoas que lutam diariamente contra o cancro. “Eu tinha sarcoma de Ewing”, disse ela. “Fui uma das sortudas que sobreviveu e estou muito grata por estar viva e poder mover-me. Acho que o movimento é muito importante, não apenas para nos manter saudáveis, mas também para nos ajudar a lidar mentalmente.”
Hunt-Broersma está a arrecadar fundos para pesquisas sobre a doença e dedicará cada dia a alguém que luta contra o cancro ou que perdeu a vida com a doença, e estima que levará cerca de 250 dias para completar a distância.
Hunt-Broersma perdeu em 2002, a perna esquerda para o sarcoma de Ewing, uma forma rara de cancro que afeta o tecido ao redor dos ossos. Embora ela tenha sempre levado um estilo de vida saudável, só começou a correr em 2016, quando se inscreveu numa prova de 5 km.
Enfrentar aventuras desafiadoras não é novidade para Hunt-Broersma: em 2021, ela correu 104 maratonas em 104 dias, arrecadando mais de 200.000 dólares para corredores amputados e em julho de 2022, correu 50 km por dia durante duas semanas.
O nome do seu mais recente projeto vem de uma frase que a acompanhou ao longo das suas 104 maratonas consecutivas.“Quando eu corria as 104 maratonas em 104 dias, muitas vezes, precisava de encorajamento e sussurrava para mim mesma ‘tu podes fazer coisas difíceis’ para me manter em movimento quando ficava realmente difícil”, explica ela. “Num ponto durante as maratonas, comecei a acreditar em mim mesma e aquele sussurro mudou para um mantra mais alto: ‘Eu posso fazer coisas difíceis, eu posso fazer coisas difíceis.’”
A atleta convida corredores e caminheiros de todos os níveis a juntarem-se a ela na sua meia-maratona diária e compartilhará nas redes sociais, o local e os horários das suas provas. Os corredores podem mostrar a sua solidariedade mesmo estando longe da atleta, juntando-se ao grupo Strava que ela criou, chamado “Eu posso fazer coisas difíceis”. Hunt-Broersma quer que todos se sintam incluídos, ela compartilhou no Instagram. “Espero que crie um espaço encorajador onde todos se sintam bem-vindos.”