Grande final do salto com vara com a australiana Nina Kennedy e a norte-americana Katie Moon, em perfeita igualdade após ultrapassarem a barra a 4,90 m, a decidirem dividir a medalha de ouro e não passar pelo salto de desempate.
Foi uma repetição do que fizeram o qatari Mutaz Barshim e o italiano Gianmarco Tamberi na final do salto em altura nos JO de Tóquio.
Perfeitamente empatadas e únicas a cruzar a fasquia a 4,90 m à terceira tentativa, as duas saltadoras já não conseguiram ultrapassar a fasquia a 4,95 m, com o mesmo número total de tentativas durante a competição. Embora pudessem descer até um desempate a 4,90 m, onde a primeira a cruzar a barra teria vencido, a duas atletas concordaram em parar por ali, abraçando-se em lágrimas.
Já campeã olímpica e atual campeã mundial, Katie Moon, de 32 anos, confirmou a sua permanência no topo mundial. Nina Kennedy, de 26 anos, viveu o maior sucesso da sua carreira, ela que já venceu os Jogos da Commonwealth em 2022. O terceiro lugar no pódio foi para a finlandesa Wilma Murto com 4,80 m, a mesma marca da eslovena Tina Sutej que assim, bateu o seu recorde nacional. A prova teve elevado nível com seis saltadoras até 4,75 m.
Nos 400 m, a dominicana Marileidy Paulino garantiu o ouro, após as medalhas de prata obtidas no Mundial do ano passado e nos JO de Tóquio.
A corrida foi particularmente aberta, na ausência da lesionada Sydney McLaughlin-Levrone, recordista mundial nos 400 m barreiras e o mais rápida mundial nesta época, e na ausência da campeã olímpica e mundial Shaunae Miller-Uibo, que foi mãe há meses.
Marileidy Paulino, segunda mais rápida deste ano, controlou a prova para sair na liderança da última curva e vencer com autoridade em 48,76. A polaca Natalia Kaczmarek conquistou a prata com 49,57, seguida de Sada Williams, de Barbados, com 49,60.
Nos 400 m barreiras, o norueguês Karsten Warholm esteve imparável, conquistando o terceiro título mundial, depois de 2017 e 2019.
O recordista mundial e campeão olímpico de 27 anos, vencedor em 46,89, derrotou Kyron McMaster, das Ilhas Virgens Britânicas, com 47,34 e o vice-campeão olímpico norte-americano Rai Benjamin com 47,56. O brasileiro Alison dos Santos, campeão mundial em Eugene, não conseguiu melhor que o quinto lugar em 48,10.