A Organização da Maratona disputada este fim de semana em Richmond, na região de Londres, cancelou a prova quando ainda estavam mais de mil corredores no percurso, com uma temperatura sufocante de 30 ºC. A decisão foi tomada depois de dois abastecimentos de água terem esgotado.
Milhares de corredores compareceram ao evento nas provas da maratona, meia maratona e 10 km. Eles foram depois informados de que teriam de caminhar até à meta. Não houve mortes no evento, mas os paramédicos tiveram de responder a um grande número de solicitações com corredores a desmaiarem devido ao calor.
Num comunicado divulgado na segunda-feira, o diretor da prova, Tom Bedford, disse que, em retrospetiva, “teria certamente cancelado a maratona, se não todo o evento” com antecedência.
Ele agradeceu aos médicos por evitarem que a situação tivesse sido ainda pior mas admitiu que as provisões médicas “não eram claramente suficientes nas condições quentes que enfrentámos”.
Um corredor descreveu no Twitter a prova como “perigosa,” alegando que havia “sinais incorretos, escassos suprimentos médicos” e “nenhum planeamento de evacuação”.
Outro afirmou que o evento foi “mal executado naquele dia”, acrescentando: “Não estou surpreendido que houvesse corredores em perigo. Tantas ambulâncias na linha de chegada. Tudo bastante evitável”.
Bedford confirmou que tinha havido dois abastecimentos de água sem o precioso líquido e que as tentativas de reabastecê-los levaram “mais tempo para serem implementadas do que o esperado”.
“Calculámos claramente mal a quantidade de pessoas que precisavam de mais de dois copos de água por posto de atendimento nesses pontos. Calculámos a água suficiente e um pouco para fins de consumo, mas subestimámos o volume necessário para resfriar os corredores.”
Concluindo a sua declaração, Bedford disse: “Cometemos ontem muitos erros e devemos fazer melhor em circunstâncias semelhantes. Se eu tivesse novamente a oportunidade, teríamos certamente cancelado a maratona, se não todo o evento. Em nome de toda a equipe do Runfest, pedimos desculpas.”