Fonte próxima da organização chamou-nos a atenção para o feito de quem correu com o dorsal 5514 na recente Maratona de Lisboa. O dorsal pertenceu à corredora Lina Lopes, nome desconhecido do grande público do atletismo, que passou à meia maratona em 2h14m40s e cortou a meta em 3h12m29s. ‘Correu’ assim a segunda meia maratona da prova em 57m49s, recorde mundial que supera largamente os 62m52s da etíope Letsenbet Gidey. Foi ‘mais rápida’ que Kiptum que em Chicago correu a segunda parte da maratona em 59m47s.
Só que Lina Lopes esqueceu-se de que o seu chip registava os tempos de passagem. Eles não existem aos 30 km, 35 km e 40 km. Depois da passagem na meia maratona, só aparece o tempo final. Passou à meia maratona a uma média de 6m23s/km e acabou a 4m34s/km!
Mais uma batoteira a juntar a tantas/os/outras/os que se vanglorizam dos seus ‘feitos’. Quando cortou a meta no Terreiro do Paço, ela recebeu naturalmente a sua medalha. Não sentiu uma pinga de vergonha?
Lina Lopes aparece na classificação no 275º da geral e 11ª feminina, terceira do escalão +40. Será certamente desclassificada, num trabalho demorado da Organização em verificar milhares de passagens de todos os participantes. Ou será que ela vai dizer que foi engano do chip?
Tempos de passagem de Lina Lopes em: https://results.sporthive.com/events/7113512886511920128/races/487121/bib/5514
Essa pessoa era um dos pacers oficiais. Fez o favor de ser pacer e ainda vem aqui ser enxovalhada em praça pública.
Soube há minutos da situação e que ela devia ser esclarecida pelo Maratona. Como é que ela foi pacer e aparece depois na classificação final saltando os tempos de passagem da segunda parte da prova. De qualquer modo, obrigado pelo esclarecimento.