No Verão passado, Brett Clothier, chefe da Unidade de Integridade do Atletismo (AIU), tinha alertado a comunidade do atletismo que a situação ia piorar antes de melhorar em relação ao doping queniano.
Os casos continuam mas não dizem apenas respeito ao Quénia. A AIU publicou agora nove suspensões provisórias para os seguintes atletas (algumas datadas desde julho):
Yousef Mohammed Al-Asiri (Arábia Saudita), Rebecca Jepchirchir Korir (Quénia), John Hakizimana (Ruanda), James Gikunga Karanja (Quénia) Vilmante Stasauskaite (Lituânia), Farida Soliyeva (Uzbequistão), Esther Birundu Borura (Quénia), John Tello Zuniga (Colômbia) e Purity Temutai Komen (Quénia).
A divulgação pública das suspensões com efeito retroativo foi adiada devido às investigações prolongadas nestes casos.
A variedade de substâncias proibidas encontradas são metilprednisolona, EPO, acetonido de triancinolona, norandrosterona e meldonium.
A metilprednisolona é usada em tratamentos anti inflamatórios para doenças sanguíneas e vómitos tardios induzidos por quimioterapia. A eritropoietina ou EPO ajuda o corpo a produzir mais glóbulos vermelhos. Norandrosterona é um esteroide anabólico androgénico e é um dos PEDs mais comuns globalmente utilizados. Acetonido de triancinolona é um corticosteróide sintético. O Meldonium é utilizado no tratamento de doenças coronárias, a sua eficácia para o desempenho desportivo é duvidosa, porém o produto é proibido pela Agência Mundial Antidoping. Todos os medicamentos para melhorar o desempenho têm efeitos colaterais, alguns podem ser fatais.
Sete atletas etíopes estão sob investigação
Em junho, havia aparentemente sete atletas etíopes sob investigação por violação das regras de doping, de acordo com a Autoridade Antidopagem da Etiópia (AAE). Os seus nomes ainda não são conhecidos.
Mekonnen Yidersal, diretor-geral da AAE, disse que os atletas testaram positivo para substâncias que melhoram o desempenho, em amostras retiradas de testes em competição.
Quatro dos sete atletas estão sob investigação da Autoridade Nacional Antidopagem, segundo Mekonnen. Os outros três são da responsabilidade da AIU.
Os desfechos dos casos, que aparentemente estão em fase final, serão divulgados em breve.