A World Athletics divulgou um estudo em que analisou 449.209 postagens e comentários em 16 idiomas durante o Mundial de Budapeste disputado em agosto. Mais da metade dos abusos online contra os atletas no Mundial, foi de “natureza racista e sexual.”
Segundo a World Athletics, o estudo “incluiu análise de texto, através de pesquisas por insultos e outras frases (incluindo emojis) que poderiam indicar abuso”. Ferramentas de reconhecimento de imagem também foram implantadas para sinalizar imagens potencialmente ofensivas. Estas análises foram comparadas com os resultados do estudo anterior, realizado um ano antes no Mundial de Eugene.
“A pesquisa identificou mais uma vez, casos claros de abusos e ameaças online, visando atletas que competiram no Campeonato Mundial de Atletismo de Budapeste 23. Detetou exemplos notáveis de abuso racista e sexualizado, com uma seleção de postagens que se estendem a possíveis ações por parte das autoridades policiais”, disse o relatório.
O estudo mostrou que a rede social X, anteriormente conhecido como Twitter, foi responsável por quase 90% dos abusos detetados, marcando um aumento relativo de 500% em relação a 2022. O abuso racista cresceu 14% em comparação com 2022. 51% dos abusos atingiram homens e os restantes 49% tinham como alvo, as mulheres. Dois dos 1.344 atletas monitorados pela World Athletics receberam 44% de todos os abusos registados entre eles.
“Os atletas não devem ter de aceitar o abuso como uma consequência inevitável de estarem nessas plataformas de mídia social”, disse o CEO da organização, Jon Ridgeon, em comunicado. “Somos a modalidade olímpica número 1 e temos a responsabilidade de proteger os nossos atletas.”