Os Jogos Africanos que terão lugar entre 8 e 23 deste mês no Gana, estão a dar muita polémica no Quénia no que diz respeito à participação do país.
Esperava-se que 30 atletas, 16 homens e 14 mulheres, bem como cinco dirigentes, fossem aos Jogos, mas a Federação Queniana de Atletismo reduziu o número com uma semana de antecedência, revelando que foi forçada a escolher apenas um atleta por disciplina, por decisão do Conselho Nacional de Desportos do Quénia.
Na semana passada, o vice-presidente da Federação, Paul Mutwii, observou que a mudança foi tomada devido a restrições financeiras.
Dezenas de atletas quenianos, liderados pela campeã mundial dos 800 m Mary Moraa, protestaram contra a decisão durante as seletivas nacionais que se deviam realizar no Estádio Nacional Nyayo, sentando-se na pista.
Mary Moraa disse que “muitos futuros atletas querem ter a chance de competir no cenário global.
Negar-lhes estas oportunidades é injusto.”
A Federação Queniana de Atletismo explicou que outras modalidades desportivas, como o boxe, também receberam um número limitado de vagas, pelo que não era possível solicitar mais vagas.
Mas depois e face à pressão dos atletas, a Federação, em consulta com o governo, cedeu. Foi prometido o aumento das vagas, embora ainda não se saiba quantas mais foram adicionadas.
Na edição anterior do evento, em 2019, o Quénia conseguiu enviar 61 atletas que regressaram com 20 medalhas (10 de ouro, 7 de prata e 3 de bronze).
Três cidades acolherão os 13º Jogos Africanos, tornando-os apenas nos segundos Jogos descentralizados da história. As três cidades são Kumasi, Accra e Cape Coast.