A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) anunciou que intensificou os controles fora da competição entre os Mundiais de Eugene (2022) e Budapeste (2023), incluindo a colocação sob vigilância das Federações de Atletismo do Brasil, Portugal, Equador e Peru, que foram ordenados a intensificar o seu controlo e de que já demos notícia anteriormente.
A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) publicou um relatório que indica a evolução dos controlos realizados entre os Campeonatos Mundiais de Eugene (2022) e os de Budapeste no verão passado.
Tendo-se tornado um ator principal na luta contra o doping no mundo do desporto, a AIU procura logicamente diminuir as falhas, nomeadamente atletas que não foram testados fora da competição e que acabam nos pódios ou no top 8 mundial.
Em 2023, 84% dos atletas que terminaram entre os oito primeiros num evento do Campeonato Mundial foram testados pelo menos três vezes fora da competição nos dez meses anteriores ao evento global (6% sem testes fora da competição). Estes mesmos finalistas também foram testados em média 5,54 vezes (sempre fora de competição), cabendo o prémio aos atletas quenianos, cuja média destes testes fora de competição é de 7,4 (11,4 se fizermos todos os controlos).
Ao todo, foram realizados 8.466 testes no período de preparação para Budapeste (ou seja, nos dez meses anteriores), em comparação com 6.359 para Eugene, e 92% dos finalistas dos últimos Campeonatos Mundiais foram submetidos, em média, a pelo menos três controlos antidoping, valor que se aproxima dos 100% quando somados aqueles que foram submetidos a um ou dois controlos.