Depois da polémica com o final da Meia Maratona de Pequim que teve como vencedor, o chinês He Jie, a Organização da prova fez um inquérito e já tomou decisões.
O inquérito confirmou que os três atletas africanos deixaram He Jie ganhar a prova. Assim, todos os quatro primeiros viram os seus resultados anulados, ficando sem direito aos prémios monetários e medalhas.
He Jie tinha vencido a prova em 1h03m44s, à frente do etíope Dejene Hailu Bikila e dos quenianos Robert Keter e Willy Mnangat, que terminaram em segundo lugar.
O Comité Organizador afirmou num comunicado que os três atletas africanos “desaceleraram ativamente nos últimos dois quilómetros e, como resultado, He Jie venceu o campeonato masculino”.
Willy Mnangat disse à BBC que o trio correu como ‘lebres’ juntamente com outro atleta que não terminou a prova. Ele disse: “Eu não estava lá para competir. Não foi uma corrida competitiva para mim.
“Não sei por que colocaram o meu nome no número do meu dorsal em vez de rotulá-lo como lebre”, acrescentou Mnangat.
“O meu trabalho era ditar o ritmo e ajudar o corredor a vencer, mas infelizmente ele não atingiu a meta que era bater o recorde nacional.”
A empresa Zhongao Lupao Beijing Sports Management disse que o seu parceiro Xiamen Xtep Investment não anotou as informações relevantes das ‘lebres’, o que fez com que o Comité Organizador não fosse informado.
“A nossa empresa tem responsabilidade inabalável e gostaria de enviar as nossas sinceras desculpas a todos os corredores”, disse Xtep num comunicado à Reuters.
‘Temos uma grande responsabilidade e aceitamos plenamente a decisão de punição tomada pelo Comité Organizador”’