A etíope Tigist Assefa, atual recordista mundial da maratona acredita que é capaz de bater a sua marca de 2h11m53s conseguida em Berlim, em setembro último.
Quando correu em 2h11m53s na capital alemã, ela superou em 2m11s o anterior recorde mundial que pertencia à queniana Brigid Kosgei.
Agora em Londres, Tigist Assefa e Brigid Kosgei vão defrontar-se mas terão também a companhia das rivais Ruth Chepngetich, campeã mundial de 2019, Peres Chepngetich, campeã olímpica, e da etíope Yalemzerf Yehualaw, vencedora de Londres em 2022. Tal, significa que três das quatro mulheres mais rápidas da história estarão domingo em Londres.
Tigist Assefa também vai calçar o Adidas Adizero Adios Pro Evo 1, o mesmo ‘super sapato’ que a ajudou a reescrever o livro dos recordes em Berlim.
“No futuro quero correr em menos de duas horas e dez minutos”, disse Assefa. “Se eu puder fazer o treino que me permitirá fazer isso, então esse será o fator chave. Eu acho realmente que sou capaz, se Deus quiser, de passar por esta marca.
“Estou muito animada em participar em Londres. Eu pretendia fazer a maratona aqui no ano passado, mas lesionei-me. Tal, deixou-me desta vez ainda mais determinada.”
Tigist Assefa começou inicialmente na pista e representou a Etiópia nos 800 m dos JO do Rio de Janeiro 2016. Embora não tenha conseguido passar das eliminatórias, ela ainda tem um recorde pessoal de 1.59,24, estabelecido no Meeting de Lausanne, da Liga Diamante, há uma década.
Uma lesão no tendão de Aquiles fez com que Assefa fosse forçada a trocar a pista pelas estradas porque não podia continuar a calçar sapatos de bicos. Ela reconheceu que não foi fácil fazer a transição da pista para a estrada. “Exigiu muito trabalho duro e não funcionou imediatamente, mas agora, parece muito mais fácil e natural.”
Assefa é treinada por Gemedu Dedefo, que também treina o etíope Sisay Lemma, vencedor da última edição da Maratona de Boston, além de Tamirat Tola, que também já venceu a Maratona de Londres. Esta competitividade no grupo ajudou os atletas a impulsionarem-se uns aos outros na maratona.
“Temos um grupo muito forte e ajuda o facto de levarmos todos a sério o nosso treino”, acrescenta Tigist Assefa. “Se tivermos bons resultados, isso dá-nos uma confiança extra quando vamos para outras competições.”