Três membros da Equipa de Atletas Refugiados, um programa mundial de atletismo que oferece oportunidades a atletas que escaparam à guerra ou a conflitos violentos nos seus países de origem, foram suspensos ou sancionados por doping nos últimos meses.
O caso mais recente foi o da sudanesa do sul Anjelina Nadai Lohalith, que recebeu uma suspensão provisória da Unidade de Integridade do Atletismo por uso de uma substância proibida (Trimetazidina).
A atleta de 29 anos é uma das mais experientes da equipa, tendo disputado os JO do Rio de Janeiro e Tóquio, sempre na distância dos 1.500 m.
Anjelina Lohalith fugiu do Sudão do Sul, seu país natal , quando tinha nove anos e começou a correr no campo de refugiados de Kakuma, no norte do Quénia, onde foi descoberto o seu talento para o atletismo.
História semelhante tem o seu compatriota Dominic Lokolong Atiol, que no mês passado foi suspenso provisoriamente pelo uso da mesma substância. Atiol, de 24 anos, também é especialista nos 1.500 m, distância em que tem um recorde pessoal de 3.50,69.
O terceiro atleta da Equipa de Atletas Refugiados suspenso por doping é o marroquino Fouad Idbafdil, que em dezembro passado, recebeu uma suspensão de três anos pelo uso de EPO.
O corredor marroquino de 37 anos é especialista nos 3.000 m obstáculos e já participou no Campeonato Mundial de Doha (2019), na Meia Maratona Mundial de Gdynia (2020) e nos Campeonatos Europeus de Corta-Mato em Dublin (2021) e Piemonte ( 2022).