O sistema de apuramento para os JO de Paris tem sido tão complicado que tem dado origem a várias polémicas, com alterações à última hora.
Foi o que aconteceu há algumas semanas quando a World Athletics retirou dez nomes à lista final que se tinham qualificado pelo ranking mundial, para incluir outros 11 por ‘quotas universais’.
As quotas universais são vagas reservadas aos países que não conseguiram classificar nenhum atleta pelos meios convencionais (mínimo olímpico ou ranking mundial), com o objetivo de que um maior número de Comités Olímpicos Nacionais esteja representado nos Jogos.
A decisão causou surpresa e indignação entre os atletas retirados da lista inicial e gerou polémica sobre a justiça e transparência no sistema de classificação.
Agora, a World Athletics decidiu acrescentar mais quatro nomes aos 81 que já tinham sido designados.
As novas vagas foram atribuídas ao chileno Hugo Catrileo, que muito havia protestado com a sua exclusão, ao sul-africano Elroy Gelant, ao australiano Liam Adams e ao norte-americano Clayton Albertson, com este último a ceder o seu lugar a Leonard Korir por se ter classificado em terceiro lugar. Nas provas de qualificação dos Estados Unidos.
Assim, a maratona masculina dos Jogos Olímpicos de Paris, que terá lugar em 10 de agosto, terá 85 atletas, 70 dos quais com mínimos olímpicos, 11 por quotas universais e os restantes quatro por posição na ranking mundial.
Na maratona feminina, que decorrerá no dia 11 de agosto e será o encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris, competirão 95 atletas: 88 classificadas por nota mínima e outras 7 por cotas universais.
Portugal estará representado na maratona por Samuel Barata e Susana Godinho.