O Rio Sena ainda estava muito poluído um mês antes da abertura dos JO de Paris 2024, de acordo com os relatórios das análises publicados pela autarquia de Paris, além dos padrões exigidos para a realização de eventos olímpicos, o triatlo e a natação em águas abertas.
A Câmara Municipal da cidade informou que “A qualidade da água continua degradada devido a um contexto hidrológico desfavorável: chuvas, caudais elevados, pouca insolação, temperaturas abaixo dos padrões sazonais e poluição a montante”.
A concentração das duas bactérias fecais nas quais se baseiam os regulamentos para autorizar a natação, apresentou valores acentuadamente crescentes em relação às duas primeiras semanas de junho, com picos muito elevados entre 18 e 20 de junho.
Aumento do fluxo do rio
O caudal do rio, que aumentou significativamente no último mês, foi até seis vezes superior ao normal, era de 666 metros cúbicos/segundo no domingo, 23 de junho, enquanto normalmente é de 100 a 150 metros cúbicos neste período. É devido a este fluxo excessivo que foi adiado o ensaio da cerimónia de abertura marcada para ontem.
Estes maus resultados reforçaram as dúvidas sobre o sucesso da realização dos eventos olímpicos no rio, mas também sobre a cerimónia de abertura que também depende do correto caudal do rio. Em caso de precipitação intensa, a água não tratada – uma mistura de chuva e esgoto – pode ser lançada no rio, fenómeno que as obras de retenção inauguradas pouco antes dos Jogos pretendem evitar. O plano B consiste em adiar os testes por alguns dias, mas não mudar de local.