Armand Duplantis garantiu o título olímpico quando saltou seis metros à primeira tentativa. Depois passou 6,10 m, novo recorde olímpico, também à primeira tentativa. E claro, mandou colocarem a barra a 6,25 m. As outras provas já tinham terminado mas os 70 mil espetadores não arredaram pé e ficaram à espera do recorde mundial. E em boa hora o fizeram porque Duplantis saltou 6,25 m à terceira tentativa, mais um centímetro que o seu anterior recorde que datava de 20 de abril, durante o Meeting de Xiamen, da Liga Diamante.
Assim, Duplantis, de 24 anos, tornou-se o terceiro atleta a ganhar duas medalhas de ouro no salto com vara em Jogos Olímpicos, depois de Bob Richards (1952 e 1956) e Yelena Isinbayeva (2004 e 2008). O norte-americano Sam Kendricks com 5,95 m e o grego Emmanouil Karalis com 5,90 m, completaram o pódio.
Duplantis continua a aumentar a sua colossal lista de títulos. Já vai em dois títulos olímpicos, dois títulos mundiais ao ar livre, dois títulos mundiais em pista coberta, três títulos europeus ao ar livre e um título europeu em pista coberta. Ele não perde um Grande Campeonato desde o Mundial de Doha, em 2019, quando foi segundo.
Vitória de Beatrice Chebet com segunda a ser desqualificada nos 5.000 m
Grande final dos 5.000 m com a presença de três recordistas mundiais, as quenianas Beatrice Chebet dos 10.000 m e Faith Kipyegon dos 1.500 m e a etíope Gudaf Tsegay dos 5.000 m. Ainda com a neerlandesa Sifan Hassan, à procura da sua primeira medalha em Paris, seguindo-se depois, os 10.000 m e a maratona.
Depois de um início lento com o primeiro quilómetro a ser corrido em 3m10s, o andamento melhorou nos quilómetros seguintes, “explodindo” no último quilómetro corrido pelas primeiras em 2m38s!
As medalhas foram discutidas na reta da meta com Beatrice Chebet a vencer em 14.28,56. Logo a seguir, entrou Faith Kipyegon e depois, Sifan Hassan em 14.30,61.
Mas depois veio a grande surpresa com Faith Kipyegon a ser desqualificada por obstrução a uma atleta etíope. Ela terá estendido o braço direito, fazendo contacto com a etíope Gudaf Tsegay, a pouco mais de 800 metros para a meta e criou uma reação que desequilibrou a sua competidora.
Assim, a italiana Nadia Battocletti ficou com o bronze em 14.31,64, novo recorde nacional.
Keely Hodgkinson intocável nos 800 m
Na última final do dia, os 800 m femininos tiveram como vencedora, a britânica Keely Hodgkinson em 1.56,72 com as restantes medalhas a irem para a etíope Tsige Duguma em 1.57,15 e a queniana Mary Moraa em 1.57,42.
Na ausência da campeã olímpica em Tóquio, a norte-americana Athing Mu, que caiu nas seletivas norte-americanas e portanto, não pôde estar em Paris na defesa do seu título, Keely Hodgkinson era a favorita para conquistar seu primeiro título olímpico aos 22 anos.
Foi o primeiro título olímpico para a Grã-Bretanha nos 800 m após 20 anos em Atenas com Kelly Holmes.