Se a maratona dos Jogos Olímpicos, que terá início no sábado de manhã, será difícil, a Maratona para Todos, que terá início no sábado à noite, será igualmente difícil, pois o percurso será o mesmo para os atletas olímpicos e populares, onde vão estar vários portugueses.
A saída será no coração de Paris, com passagem pelos mais belos monumentos da capital. Da partida até ao 15º quilómetro, onde tudo se vai complicar. As maratonas costumam ser planas o suficiente para favorecer os tempos, mas agora em Paris, teremos um ganho total de elevação de 436 metros. Isso é um pouco mais do que na maratona de Nova York, onde as subidas são distribuídas ao longo do percurso, com declives relativamente suaves.
Uma subida digna de ciclismo
Em Paris, quase tudo se concentrará em duas subidas, a primeira bastante gradual ao longo de cinco quilómetros, até ao quilómetro 20. Depois uma segunda no quilómetro 28, com inclinações entre 11 e 13%, dignas do ciclismo. É também uma classificação de categoria 4, quando o Tour de France passa por lá.
Quem diz subidas, significa também descidas, incluindo uma muito íngreme, a da Côte des Gardes, com uma inclinação que também chega a 13,5%. E descidas íngremes podem exigir muito das fibras musculares, principalmente quando ocorrem no 30º quilómetro. “Queríamos quebrar os códigos”, anunciou o chefe dos JO de Paris, Tony Estanguet. Também corre o risco de quebrar as pernas dos participantes, entre eles, os portugueses Samuel Barata e Susana Godinho, e dos 20.024 participantes da Maratona para Todos.